Nonato Guedes
O deputado federal Efraim Filho (Democratas-PB) lamentou a demissão do ministro da Saúde, Luiz Henrique Mandetta, consumada, ontem, pelo presidente Jair Bolsonaro. Correligionário político e amigo pessoal de Mandetta, ex-deputado, Efraim foi enfático: “Todo o Brasil lamenta a saída do ministro Mandetta. Ele conquistou a confiança e o respeito da família brasileira com suas orientações técnicas, baseadas na Ciência. Deu um exemplo de integridade, até o último minuto, na trincheira, no ministério, trabalhando pelo Brasil. Ajudou a salvar muitas vidas enquanto suas orientações foram seguidas”.
Para o deputado Efraim Filho, que chegou a ciceronear Mandetta numa visita feita à Paraíba, o ex-ministro deixou a sociedade orgulhosa e, em especial, os Democratas, já que é uma figura de expressão do partido no âmbito nacional. Ele evitou tecer comentários, porém, sobre especulações tratando de uma possível candidatura de Mandetta a presidente da República em 2022. Reiterou que projetos políticos devem ser discutidos posteriormente e que a prioridade absoluta continua sendo o enfrentamento ao novo coronavírus. Para o parlamentar, a exoneração se deu no contexto de “lamentáveis divergências” por parte do presidente Bolsonaro quanto às medidas preconizadas e adotadas por Luiz Henrique Mandetta para fazer face ao perigo de alastramento da pandemia de covid-19.
Ele evitou, contudo, contestar critérios de exoneração levados em conta pelo presidente Bolsonaro e enfatizou que a relação com o presidente da República continua sendo de independência. “Estamos alinhados nas matérias da agenda econômica”, frisou, referindo-se ao apoio que a bancada do Democratas na Câmara dos Deputados tem oferecido a projetos de emergência encaminhados pelo Palácio do Planalto, bem como a opiniões do presidente Jair Bolsonaro sobre reativação de atividades econômicas para garantir empregos e renda. O deputado paraibano destacou a colaboração que tem sido dada pelos deputados e senadores de todas as bancadas na atual situação de calamidade. Ele enalteceu o “espírito público” dos congressistas, bem como o compromisso que eles têm demonstrado para com a situação dos mais carentes na atual fase que o Brasil enfrenta.