Nonato Guedes, com assessoria
Ao participar, ontem, de reunião por videoconferência com o ministro da Saúde, Nelson Teich, e demais governadores do Nordeste, o gestor paraibano João Azevêdo (Cidadania) reforçou o pedido junto ao governo federal para o envio de respiradores e Equipamentos de Proteção Individual, com vistas ao enfrentamento do coronavírus no Estado. Azevêdo sugeriu que a discussão em torno da distribuição de recursos para o combate ao covid-19 tenha como base os Planos de Contingência enviados ao Ministério da Saúde. Este foi o primeiro contato do novo ministro da Saúde com governadores nordestinos, depois da exoneração do ministro Luiz Henrique Mandetta pelo presidente Jair Bolsonaro.
Na sua explanação, Azevêdo destacou que o governo da Paraíba tem trabalhado na ampliação de leitos, com a abertura de um hospital de campanha e locação de hospitais privados que estavam desativados nos municípios de João Pessoa e Campina Grande, na contratação temporária de mais de três mil profissionais de Saúde e na aquisição de 310 mil testes rápidos. “Nós estamos numa luta muito grande para conseguir respiradores, estamos lançando editais na área de tecnologia para que as universidades que tenham alguns estudos de fabricação de respiradores possam nos apresentar e tentamos operacionalizar internamente algumas linhas de produção em algumas indústrias do Estado para produzir EPIs”, ressaltou o governador.
João Azwevêdo reforçou a necessidade da união dos agentes públicos para o enfrentamento do coronavírus, pontuando que a integração entre União, Estados e Municípios é a única forma de “sairmos dessa situação”. Registrou, ainda, que o interesse maior, comum a todos, é o de defender a população. Os governadores participantes da videoconferência cobraram a habilitação de leitos, reiterando o pedido ao governo federal para autorizar que brasileiros formados em Medicina no exterior atuem no país e pediram um posicionamento do ministro sobre o isolamento social. Nelson Teich, em resposta, afirmou que está mapeando os problemas de todos os Estados e sugeriu um fluxo de trabalho contínuo com os gestores. “Vamos trabalhar juntos, ouvindo os secretários de Saúde, porque a interação é fundamental e vamos traçar uma linha de trabalho para ajudar o mais rápido possível”, frisou.