Kubitschek Pinheiro
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Desde cedo que máquinas de misturar cimento com britas moem e ajudam a levantar mais um edifício, nas imediações da nossa casa. São homens trabalhando, no Dia do Trabalho.
Com a sensatez que a ironia permite ou com a ironia que a sensatez o faça trabalhar, eu sigo pensando em meu país, com minha rasa prosa. O país não é tomado a sério. O país está virado de cabeça pra baixo. Minha prosa também não ambiciona nada.
Bastas vezes pela vida fora, nos mais diferentes lugares, nas mais diversas circunstâncias e nos mais singulares acasos, me têm achado com cabeça para viver e decifrar. E vem daí, o tratamento inevitável. Não sei como um operário vive com tão pouco. Será que tem uma recua de filhos? Eu também sou um operário, só que estou preso trabalhando em casa e me corrijo invariavelmente a cada instante.
Em primeiro lugar para aproveitar o barulho das máquinas, não peço silêncio, são homens trabalhando. Em primeiro lugar quero homenagear todos que estão nesse dia trabalhando para salvar vidas. Em primeiro lugar quero agradecer por estar vivo.
Em segundo lugar, nada.
Em terceiro lugar, nada.
Não há o que comemorar no dia do trabalho. O nosso país não mais é um paraíso!
Realmente eu detesto ser mais uma pedra em algumas ocasiões. Mas não dá pra fingir que não estou vendo pessoas subestimarem uma pandemia que está matando milhares de pessoas. Faço isso por respeito a cada família que perde um dos seus. Oremos
Kapetadas
1 – Quando o filme tem “coisas que só acontecem em filmes”, eu não assisto ou paro de assistir.