Nonato Guedes
O falecimento, ontem, aos 85 anos, da ex-deputada Lúcia Braga, no Hospital Nossa Senhora das Neves, em João Pessoa, por complicações decorrentes de uma infecção urinária, causou profunda repercussão nos meios políticos da Paraíba. O presidente da Assembleia Legislativa, Adriano Galdino, em nome de todos os deputados e servidores da ALPB lamentou publicamente a morte de Lúcia e decretou luto do Poder Legislativo por três dias. Lúcia foi deputada estadual e seu corpo será cremado. Galdino lembrou que, como primeira-dama, no governo do marido, Wilson Braga, ela se notabilizou pelo trabalho social e foi reconhecida como “mãe dos pobres” pelas ações em favor dos mais carentes.
O governador João Azevêdo (Cidadania) divulgou nota manifestando profundo pesar pela morte da ex-deputada na tarde de ontem e também ressaltou a atuação marcante de Lúcia como parlamentar e como primeira-dama do Estado. A Federação das Associações de Municípios da Paraíba (Famup) lamentou a morte de Lúcia afirmando: “Sempre estava disposta a contribuir com a população e desempenhou um papel importante na política paraibana, buscando sempre defender os interesses do Estado e dos paraibanos”. O presidente da Famup, George Coelho, enfatizou que Lúcia “tinha um trabalho muito próximo dos mais carentes”.
O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB) sublinhou que Lúcia “foi uma mulher com destacada atuação na política paraibana, ganhando projeção com coragem e sensibilidade para atender as causas da população mais vulnerável”. E acrescentou: “Lúcia Braga militou na política quando poucas mulheres atuavam. Se temos hoje um número ainda reduzido de mulheres enveredando no Parlamento ou no Executivo, imaginemos isso na década de 70, 80. Lúcia foi corajosa em romper as fronteiras e ir a Brasília atuar na Assembleia Nacional Constituinte. Ela sempre esteve atenta às necessidades das pessoas mais carentes”. Pedro ressaltou, ainda, que Lúcia Braga esteve presente em dois momentos marcantes da política nacional – quando fez parte da Assembleia Nacional Constituinte, que elaborou a Constituição de 1988 e quando participou do impeachment do presidente Fernando Collor de Mello em 1992.