Nonato Guedes
O advogado e empresário Ronaldo Cunha Lima Filho (Ronaldinho), ex-vice-prefeito de Campina Grande na primeira gestão de Romero Rodrigues (PSD) e filho do poeta e ex-governador Ronaldo Cunha Lima, postou mensagem em rede social lamentando o falecimento da ex-deputada Lúcia Braga e se solidarizando com o ex-governador Wilson Braga, que se recupera de contaminação do coronavírus na UTI de um hospital particular em João Pessoa. Wilson Braga foi derrotado pelo poeta Ronaldo na disputa ao governo do Estado, em segundo turno, em 1990, mas “Ronaldinho” deixou claro que o revés não impediu “a construção de uma bela amizade”.
Citou um exemplo que, a seu ver, aprofundou o respeito e a relação de amizade. Em 1999, quando exercia mandato de senador, Ronaldo Cunha Lima sofreu um Acidente Vascular Cerebral em Brasília. “Aí vem um dos gestos que a gente nunca esquece: Lúcia e Wilson foram os primeiros a chegar no Hospital de Base de Brasília e por lá ficaram por mais de 24 horas. Quem poderia imaginar? Foi um gesto tão tocante de carinho e solidariedade que desde então eu só cumprimentava Wilson com um beijo na face, que invariavelmente o deixava rubro, como um dia de sol na praia. Lúcia, mulher combativa e apaixonada pelo seu povo, que também a amava. Vá com Deus! Minha solidariedade a todos os familiares. Wilson, fique conosco, lute!!! A quem eu vou beijar quando perambular pelos corredores do Manaíra Shopping e me deparar com você sempre cercado de muitos amigos? Lute! Fique! Fique!”, escreveu Ronaldo Cunha Lima Filho.
O advogado e empresário também postou em rede social mensagem de regozijo pela recuperação da doutora Angelita Gama, uma das mais renomadas cirurgiãs de intestino do mundo. “Em 2011 ela e sua competente equipe salvaram a minha vida. Foi uma cirurgia eletiva de diverticulite, com absoluto sucesso”, contou “Ronaldinho”. Aos 87 anos, a doutora Angelita Habr-Gama recebeu alta domingo, dia 10, após passar 50 dias entubada em UTI por ter contraído coronavírus. A cirurgiã se curou da Covid-19 e teve alta do Hospital Alemão Oswaldo Cruz, na cidade de São Paulo. Ela deu entrada na unidade hospitalar no dia 18 de março, quando o Estado de São Paulo contabilizava 240 casos confirmados da doença e três mortes por infecção do coronavírus.
Na nota que anunciou a cura, o hospital onde a cirurgiã foi internada e onde atua desde 1960 disse que “a Dra. Angelita Habr-Gama tem significado especial para todos nós do Hospital Alemão Oswaldo Cruz e para todos os profissionais da saúde. Dra. Angelita é uma das mais brilhantes cirurgiãs do país, uma profissional reconhecida internacionalmente por sua atuação na área de coloproctologia e por seu trabalho como pesquisadora”. Angelita disse ao G1 que inicialmente não teve outros sintomas, além de pouca tosse e perda do paladar, mas que é uma doença aguda, que progride rapidamente e instaura um grande desconforto. “Eu não esperava o diagnóstico, pois naquele momento não se falava de muitos casos no Brasil. Estou curada e sem sequelas. Fiquei 50 dias entubada na UTI com sedação. Você perde a consciência do mundo”, declarou a médica.