Nonato Guedes
O governador João Azevêdo (Cidadania) autorizou, ontem, a distribuição de mais 60 mil cestas básicas à população em situação de vulnerabilidade social na Paraíba devido à pandemia do coronavírus. As novas ações na área social também autorizam investimentos de R$ 1 milhão para a aquisição de alimentos da agricultura familiar e asseguram recursos na ordem de R$ 1 milhão para atender as Instituições de Longa Permanência para Idosos por meio do projeto Acolher. O decreto com as novas medidas está sendo publicado nesta terça-feira no Diário Oficial do Estado.
Durante o programa semanal “Fala, Governador”, transmitido em cadeia estadual pela Rádio Tabajara, o chefe do Executivo estadual anunciou ainda a distribuição de 253 mil cestas básicas a alunos da rede estadual de ensino. Os alimentos serão distribuídos de forma regionalizada e a logística de entrega será definida pela Secretaria de Estado da Educação, Ciência e Tecnologia com cada escola. Azevêdo destacou: “Nós já fizemos, no primeiro mês, a distribuição de 52 mil cestas e vamos continuar dando assistência às entidades e às pessoas que mais precisam, incluindo novos grupos, como taxistas e motoristas de transporte coletivo da Região Metropolitana de João Pessoa. Estamos identificando os segmentos e chegando com a ajuda necessária”.
Na ocasião, o governador esclareceu que o decreto publicado no último sábado, que prorroga as medidas de isolamento social, não proíbe as transmissões pela internet ou veículos de comunicação de cultos, missas e demais cerimônias religiosas, e lamentou a disseminação de mais uma fake news. “No decreto que estamos publicando, nós vamos incluir esclarecimentos de que a vedação de missas não se aplica às transmissões na internet ou veículos de comunicação. Não há, de nossa parte, a intenção de proibir que se façam cultos, missas ou outras cerimônias religiosas, porque sabemos da importância da fé e da religião na vida das pessoas. As atividades continuarão sendo realizadas da mesma maneira que estavam ocorrendo anteriormente, com a presença de ministros, oficiais religiosos e músicos, adotando todos os cuidados de proteção com as pessoas que estão nesses ambientes”, frisou.
O governador João Azevêdo explicou, ainda, que a suspensão, pelo período de dez dias corridos, das atividades da construção civil na Região Metropolitana de João Pessoa e Campina Grande se deu devido à constatação do aumento da contaminação pelo novo coronavírus nos trabalhadores desse segmento. “Nós identificamos problemas muitos sérios nos canteiros, a exemplo de empresas que forneceram apenas duas máscaras por mês ao trabalhador, quando o certo seria trocar a cada três horas. Também percebemos a ausência de álcool nos locais de trabalho e de pontos de lavagem de mãos, o uso de bebedouros coletivos nas obras e alojamentos com quatro ou seis pessoas sem ventilação natural, ou seja, estamos colocando em risco os trabalhadores da construção civil e peço a compreensão do segmento durante esse período de sete dias úteis de obras paralisadas. A nossa intenção é diminuir o número de contaminações e, consequentemente, de mortes”, observou.