A Secretaria de Saúde de João Pessoa divulgou, nesta segunda-feira (25), estudos conclusivos sobre mortes ocorridas em decorrência da Covid-19 que estavam sob investigação. Indicadores da Vigilância Epidemiológica do município apontam que, nos últimos 60 dias, 74 casos passaram por apuração depois da análise detalhada de declarações de óbito encaminhadas por 29 hospitais públicos e privados em que poderia haver suspeita de coronavírus. Desse total, 33 mortes foram descartadas, 24 confirmados e 21 seguem em investigação. O monitoramento epidemiológico integra o protocolo nacional e internacional de validação de óbitos da doença, cumprindo com o que prevê a Organização Mundial de Saúde (OMS).
O levantamento é feito com base em uma ampla apuração, que inclui a revisão de prontuários médicos e exames realizados pelo paciente, entrevistas e testes com familiares, além de análise laboratorial comprobatória. “O número de óbitos vai aumentar em função dessa revisão de casos, que inclui os falecimentos por Covid-19 sob investigação. É importante ressaltar que as mortes não aconteceram no mesmo momento. Elas refletem um apanhado mais abrangente, de um período de até 60 dias”, ponderou o secretário Adalberto Fulgêncio.
João Pessoa tem hoje 71 óbitos por Covid-19 registrados. Com os 20 casos confirmados, após a análise conclusiva, a cidade passa a ter 91 registros de pessoas que não resistiram à doença. “Um estudo dessa natureza envolve a participação de vários técnicos que vão diariamente aos 29 hospitais de João Pessoa e às casas de vítimas para esclarecer cada caso. Testes rápidos também são realizados com parentes ou pessoas próximas, com o objetivo de conter eventuais focos de Covid-19. Essas informações são imprescindíveis para o controle do vírus e a adoção de medidas sanitárias localizadas”, disse Fulgêncio.
Informações – O secretário informou que os casos prováveis poderão ser acompanhados pela população nos painéis oficiais de monitoramento da doença a partir da terça-feira (26). “A evidência de subnotificações em todo o mundo exigiu que aprofundássemos os métodos de estudo, tornando todos os indicadores mais próximos da realidade. Seguimos corrigindo distorções e ampliando as etapas de verificação, dando maior celeridade às investigações empreendidas pela vigilância epidemiológica”, afirmou.