Curado do coronavírus, Sikêra Jr. desobedeceu ordens médicas e voltou a apresentar o programa Alerta Nacional ontem, dia 25. O apresentador “invadiu” a TV A Crítica, afiliada da RedeTV! dirigindo uma empilhadeira e surpreendendo seus substitutos, Mayara Rocha e “Brunozo” Fonseca. “Só Deus sabe o que é passar por essa doença. É terrível, é terrível! Só Deus sabe o que eu passei”, disse Sikêra após ter ficado um mês fora do ar. Ele relatou o momento mais difícil do tratamento em casa, quando precisou ser hospitalizado.
– Chegou uma noite que disseram assim: ”Não tem mais jeito. Sikêra tem que ir para o hospital e vai ser entubado”. Disse: “Meu Senhor, já venci um infarto e uma cirurgia, usei uma bolsa de colostomia, levei tiro, caí de avião, quebrei meus dentes, passei por tanta coisa ruim. Não me deixe ir agora não”, contou. Em seguida, Sikêra ajoelhou no estúdio e agradeceu a Deus pela cura. O apresentador, que apoia o presidente Jair Bolsonaro e minimizou o coronavírus, insistiu que as pessoas devem sair de casa para não morrerem de fome, como ele fez, sem explicar que integra o grupo de trabalhadores essenciais (a imprensa).
“A tal da Covid é tão miserável, e algumas pessoas disseram assim: “Tá vendo? Pagou com a língua, subestimou a doença”. Eu achei que era realmente uma coisa mais simples. Não é. Agora, eu vou manter minha palavra. Se você pode ficar em casa, fique. Mas se você não pode, faça feito eu e meu elenco, vá trabalhar. Ninguém pode morrer de fome nesse país”, afirmou. Por outro lado, uma pesquisa da Universidade de Pelotas (RS), considerada o mais amplo levantamento da epidemia no Brasil, indicou que as principais cidades brasileiras têm sete vezes mais infectados pelo coronavírus do que o número oficial mostrado por testes. Só em São Paulo o estudo apontou que 380 mil habitantes foram atingidos pela epidemia, o que é superior ao dado de todo o Brasil. O número oficial é de 83 mil. A pesquisa contou com recursos do Ministério da Saúde e foi o levantamento mais amplo feito no país para tentar identificar o tamanho da disseminação da doença pelo território nacional.