O governador João Azevêdo divulgou as bandeiras do plano “Novo Normal Paraíba” que estabelecem a matriz de orientação para a retomada gradual das atividades em todo o Estado a partir de amanhã. O sistema também será capaz de subsidiar os gestores municipais na tomada de decisões acertadas e seguras para a população dos 223 municípios paraibanos. De acordo com os dados disponíveis no site do corinavírus, incorporado ao site oficial do governo, 126 municípios (56% estão enquadrados na bandeira laranja; 82 na bandeira amarela, 14 na bandeira vermelha e um na bandeira verde.
Nos municípios marcados com bandeira laranja e vermelha, poderão funcionar atividades essenciais como agropecuária, cadeia produtiva e atividades acessórias essenciais; bancos, casas lotéricas, correspondentes bancários e seguradoras; empresas de telecomunicações, comunicação e imprensa; distribuidoras e geradoras de energia, atividades de extração, produção, siderúrgica e afins; transporte, armazenagem, empresas de logística, Correios e manutenção de veículos automotores, supermercados e afins, serviços de Saúde, tratamento de água e esgoto e coleta de resíduos, administração pública (observada a adoção de regimes home office), além dos já sinalizados com adequações para funcionamento.
Nos municípios com bandeira amarela funcionam os já autorizados nas bandeiras vermelha e laranja, além de hotéis, pousadas e afins; comércio, shoppings centers, comércio popular (camelôs) e serviços em geral, escolinhas de esporte sem contato físico (como, por exemplo, natação e tênis). Todos os segmentos da economia e da sociedade podem retomar suas atividades nos municípios que se encontram na bandeira verde, observando a adoção de protocolos operacionais para funcionamento das diversas atividades que terão como foco a proteção do indivíduo, que deve passar a vivero “novo normal”, fazendo escolhas e evitando o contato entre pessoas, ambientes fechados e confinados e aglomerações, mesmo ao ar livre.
Serão liberados para funcionamento, em qualquer bandeira: salões de beleza e barbearias, atendendo exclusivamente por agendamento prévio e sem aglomeração de pessoas nas suas dependências e observando todas as normas de distanciamento social; shoppings centers, exclusivamente para entrega de mercadorias por meio de delivery e aplicativos e como pontos de retirada de mercadorias (drive trhu), vedado, em qualquer caso, o atendimento presencial de clientes dentro das suas dependências; as lojas e estabelecimentos comerciais, exclusivamente para entrega de mercadorias (delivery), missas, cultos e demais cerimônias religiosas poderão ser realizadas online, por meio de sistema de drive-in e nas sedes das igrejas e templos, nestes casos com ocupação máxima de 30% da capacidade e observando todas as normas de distanciamento social; hotéis, pousadas e similares, exclusivamente para atendimentos relacionados à pandemia do novo coronavírus; estabelecimentos que trabalham com locação de veículos e treinamentos de atletas profissionais, observando todas as normas de distanciamento social.
O plano “Novo Normal Paraíba” foi viabilizado devido à consistente ampliação das capacidades de resposta do Sistema de Saúde paraibano, com a oferta de mais de mil leitos para os cuidados demandados pela Covid-19 em toda a Paraíba; ao aumento da testagem da população e aos avanços das medidas para desaceleração paulatina da disseminação do vírus, além da manutenção da menor taxa de letalidade da região Nordeste. As diretrizes também foram discutidas com representantes da sociedade civil e do setor produtivo, com o objetivo de implementar e avaliar ações e soluções estratégicas de enfrentamento à pandemia decorrente do novo coronavírus. O secretário executivo de Gestão da Rede de Unidades de Saúde, Daniel Beltrammi, informou que o governo do Estado manterá uma avaliação contínua das informações de todos os municípios paraibanos, levando em consideração a progressão de casos novos ao longo do dia, a taxa de letalidade, a obediência ao isolamento social e a taxa de ocupação de leitos, medidas em um intervalo de 15 dias.
“O modelo foi desenvolvido depois de quase 90 dias de aprendizado de gerenciamento da maior crise de ordem sanitária que o país e o estado já puderam enfrentar e que afetou a nossa rotina. Os aprendizados foram grandes, mas os avanços e as conquistas para o Estado também, pois mais de mil leitos foram abertos, além de três hospitais. Em momento algum, tivemos pessoas em fila de espera, aguardando internação em leitos de UTI ou de enfermaria. Tivemos uma imensa expansão da capacidade laboratorial e de testagem no Estado. O povo paraibano se mostrou muito forte nessa caminhada, o que permitiu que chegássemos a esse momento”, explicou.