Nonato Guedes
Ao revelar, ontem, que a Paraíba figura no ranking da Fiocruz com 2,3% de letalidade pelo coronavírus, considerando o quantitativo de casos confirmados e os 610 óbitos no Estado, o secretário de Saúde do governo, Geraldo Medeiros, afirmou que o percentual está bem abaixo da média nacional, que é de 5,05%. No seu entendimento, os dados confirmam que as medidas tomadas para o controle da pandemia são eficazes e colocam a Paraíba à frente de Estados vizinhos com muito mais estrutura, a exemplo de Pernambuco, onde a taxa de letalidade encontra-se em 8,4%.
– As medidas de isolamento, as medidas educativas para a população e, naturalmente, a ampliação de leitos dedicados à covid no Estado, nos garantiram esta colocação – festejou o secretário, salientando que foi aberto até o momento um total de 1.200 leitos de enfermaria e UTI, além de uma central de regulação exclusiva para o novo coronavírus. Geraldo Medeiros revelou que desde o início da pandemia o Estado da Paraíba vem investindo em melhorar a estrutura da rede de saúde e contratar o maior número possível de profissionais para atuar no combate à doença. “Este esforço, aliado à ampliação dos testes nos 223 municípios, resulta na menor taxa de mortalidade pela covid-19 em todo o Nordeste”, frisou.
O ranking dos Estados apontou a Paraíba com 610 óbitos e 26.556 casos confirmados, contra 3.694 óbitos e 43.872 casos confirmados em Pernambuco. A partir de amanhã, 15, o transporte intermunicipal e os terminais rodoviários do Estado da Paraíba voltarão a funcionar de forma gradual e com o cumprimento de diversas medidas de prevenção contra a disseminação do novo coronavírus. Essas e outras normas constam do decreto do governo do Estado publicado no Diário Oficial do sábado, 13. Entre as medidas destacam-se os horários, que deverão ser reduzidos em até 20%, e a capacidade de lotação nos ônibus, que pode chegar a 60% com os passageiros transportados sentados. Para cumprir o decreto governamental, o DER por meio do seu Conselho Executivo elaborou resolução aprovada em reunião extraordinária com as providências que deverão ser adotadas para a operação dos ônibus e dos terminais rodoviários, a partir da zero hora da segunda-feira.
O Conselho considerou alguns critérios como a importância do transporte na retomada gradativa da economia atual, a necessidade de reduzir o risco ao qual a população está sujeita usando o transporte ilegal e clandestino, além da manutenção dos empregos e da estabilidade econômico-financeira das empresas transportadoras. As recomendações para a circulação de ônibus nas rodovias paraibanas envolvem higienização dos ônibus antes da partida e logo após a chegada no destino, higienização dos filtros do sistema de ar condicionado, uso obrigatório de máscaras pelos operadores (motoristas, fiscais, funcionários) e pelos passageiros; operação em horários reduzidos, em até 20% dos horários previstos, podendo ser ampliados conforme for identificada a necessidade e mediante autorização do DER; a capacidade de lotação nos ônibus onde os passageiros deverão ser transportados sentados pode chegar a 60%; medição da temperatura dos passageiros no momento de embarque, disponibilização de álcool em gel para higienização das mãos.
Em Campina Grande, amanhã começa a ser posto em prática o Plano de Convivência e retomada das atividades, mas tudo será executado de acordo com rigorosos protocolos. Por isso, os diversos segmentos sociais e econômicos cumprirão um cronograma gradativo de volta à normalidade e a manutenção das novas medidas está condicionada à curva epidemiológica na cidade. O plano municipal obedecerá a três etapas. Cada fase será executada respectivamente a partir dos dias 15 e 29 de junho e 13 de julho. Sobre transportes coletivos, o prefeito Romero Rodrigues informou que esse tipo de serviço essencial deverá ser ampliado gradativamente à medida em que as atividades econômicas e sociais sejam retomadas na cidade. Atualmente, cerca de 30% da frota de coletivos têm atendido às demandas da comunidade.