Nonato Guedes
O deputado federal paraibano Pedro Cunha Lima (PSDB), presidente da Comissão de Educação da Câmara, repercutiu, ontem, a exoneração do ministro da Educação, Abraham Weintraub, comentando que o governo federal e o presidente Jair Bolsonaro têm a chance de acertar na Pasta. “É preciso falar do que importa, parar de fomentar briga ideológica, parar com acirramento e polarização de retórica política e falar de uma agenda técnica”, expressou Pedro, que vinha se manifestando em sessões da Câmara sobre demandas urgentes do segmento educacional que não foram atendidas com prioridade pelo Planalto.
Cunha Lima, em tom de lamentação, disse que o que se viu até agora foi o Ministério da Educação servir muito mais de instrumento ideológico do que de ferramenta de construção de soluções técnicas. “A gente lamenta por isso. Não é nada disso que o Brasil precisa. O Brasil não precisa ficar nessa briga sem fim, ideológica, acirrada, polarizada, que desvia a nossa energia e atenção daquilo que importa”, desabafou Pedro. Ainda de acordo com o parlamentar, o governo federal precisa que seu principal ministério esteja concentrado no que ele chamou de “um novo desenho de país, que valorize quem está em sala de aula e é responsável pela construção do futuro de uma nação”.
O presidente da Comissão de Educação da Câmara apregoou que o ministério se concentre na formação de políticas de formação de professores, com o governo federal liderando uma escola nacional de formação docente; na ampliação de vagas nas creches, na implantação da base comum curricular, além de liderar um desfecho positivo para o novo Fundo de Desenvolvimento e Manutenção da Educação Básica. “Torço pela escolha de um ministro que traga uma nova mentalidade, o compromisso com uma agenda que está posta e que precisa de muita eficiência na gestão para que o país supere e reverta um quadro crítico na educação”, acrescentou.
E finalizou: “Precisamos que acabe esse atraso desumano de não oferecer vaga em creche para as crianças mais pobres. O governo federal precisa passar a acertar e nós torcemos, sinceramente, para que isto aconteça”.