Nonato Guedes
A Secretaria de Saúde do Estado informou que doze municípios paraibanos deverão ampliar as medidas de isolamento social após nova avaliação realizada pelo governo sobre o impacto do coronavírus pelas diferentes regiões. Tais municípios caíram na avaliação das autoridades. As novas bandeiras disponibilizadas na página oficial da gestão estadual apontam que oito cidades passaram da bandeira amarela para a laranja, três perderam a bandeira laranja e agora figuram na bandeira vermelha e o único que possuía a bandeira verde agora aparece com a bandeira amarela. “Os dados demonstram a necessidade de reforçar ações propostas pelos órgãos de Saúde para evitar uma maior propagação do coronavírus”, alerta a Secretaria, titulada pelo médico Geraldo Medeiros.
De acordo com os dados fornecidos pela Secretaria de Saúde, a Paraíba registra, até o momento, 44.242 casos confirmados da Covid-19 e 896 óbitos. A nova avaliação constatou que 136 municípios possuem bandeira laranja, representando 61%, 79 bandeira amarela (7%) e oito bandeira vermelha (4%). Nenhum município da Paraíba obteve a bandeira verde. Na prática, municípios sinalizados na bandeira vermelha, a exemplo de Bayeux, Santa Rita, Cruz do Espírito Santo, Barra de São Miguel e São Domingos do Cariri devem permanecer com restrição para o funcionamento apenas de atividades essenciais, com restrição de locomoção de pessoas.
Enquanto isso, os municípios que estão em bandeira laranja como João Pessoa, Conde, Guarabira, Campina Grande, Mari e Patos podem manter os serviços essenciais, porém, sem restrição de locomoção. Para os municípios que estão em bandeira amarela será permitido o funcionamento de hotéis, pousadas, comércio, shoppings e serviços em geral, além de ser permitida a prática de esportes sem contato físico (natação, tênis, corrida). Nos municípios sinalizados com bandeiras laranja e vermelha podem funcionar atividades essenciais como agropecuária, cadeia produtiva e atividades acessórias essenciais; bancos, casas lotéricas, correspondentes bancários e seguradoras; empresas de telecomunicação, comunicação e imprensa; siderúrgica e geradoras de energia, atividades de extração, produção, siderúrgica e afins; transportes, armazenagem, empresas de logística, Correios e manutenção de veículos automotores; supermercados e afins; serviços de Saúde, tratamento de água e esgoto e coleta de resíduos, administração pública (observada a adoção regimes home office), além dos já sinalizados com adequações para funcionamento.
Todos os segmentos da economia e da sociedade podem retomar suas atividades nos municípios que se encontram na bandeira verde, observando a adoção de protocolos operacionais para funcionamento das diversas atividades que terão como foco a proteção do indivíduo, que deve passar a viver o “novo normal” fazendo escolhas e evitando o contato entre pessoas; ambientes fechados e confinados e aglomerações, mesmo ao ar livre. Estão liberados para o funcionamento em qualquer bandeira salões de beleza e barbearias, atendendo, exclusivamente por agendamento prévio e sem aglomeração de pessoas nas suas dependências, além de observarem todas as normas de distanciamento social. Ainda: shoppings centers, exclusivamente para entrega de mercadorias por meio de delivery, inclusive por aplicativos, e como pontos de retirada de mercadorias (drive thru), vedado, em qualquer caso, o atendimento presencial de clientes dentro das suas dependências.
Estão igualmente liberadas celebrações de missas, cultos e demais cerimônias religiosas em sistema online, por meio de sistema de drive-in e nas sedes das igrejas e templos, neste caso com ocupação máxima de 30% da capacidade e observando todas as normas de distanciamento social, hotéis, pousadas e similares, exclusivamente para atendimentos relacionados à pandemia do novo coronavírus, estabelecimentos que trabalham com locação de veículos e treinamentos de atletas profissionais, observando todas as normas de distanciamento social. As cores das bandeiras que subsidiam os gestores municipais na tomada de decisões acertadas para evitar o aumento da propagação do novo coronavírus, permitindo o retorno seguro e paulatino das atividades econômicas, levam em consideração as taxas de obediência ao isolamento, progressão de casos novos da Covid-19 e ocupação hospitalar, e são analisadas cumulativamente em intervalos de 15 dias.