Nonato Guedes
O deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP-PB), relator da comissão mista da reforma tributária no Congresso Nacional, reforçou a declaração do presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ) sobre a necessidade de retomada, ainda este mês, do debate em torno da reforma. Na avaliação do parlamentar paraibano, “este é o momento certo para que o Parlamento volte a tratar sobre o tema, sobretudo por conta dos gastos federais que tiveram que ser realizados no combate à pandemia de covid-19”. Lembrou que, originalmente, a reforma tributária vem sendo discutida no Parlamento há 32 anos.
– Antes da pandemia estávamos com o diálogo bem avançado. Naturalmente ninguém podia imaginar o que teríamos que passar, mas sabemos agora mais do que nunca que ela é estruturante e precisa ser feita. Com o avanço do gasto público que tivemos, inclusive, com a pandemia, ela, agora, é crucial – argumentou Aguinaldo Ribeiro durante entrevista à CNN Brasil. Ele revelou que continua dando continuidade ao debate da reforma tributária com os governadores de Estados e outras classes que serão impactadas com as mudanças na partilha dos tributos. Nesse sentido é que se reuniu de forma virtual com o governador de Minas Gerais, Romeu Zema, e ressaltou que, diferentemente do passado, agora há consenso dos governos em relação ao tema.
– É isto que nos faz acreditar na reforma, com uma diferença muito grande do passado. Havia uma disputa entre entes federados, não havia consenso entre os governos de Estado, sobretudo na proposta que trata da unificação dos tributos sobre o consumo – completou. Aguinaldo Ribeiro disse ainda que nunca houve uma sinergia tão grande do ponto de vista do setor produtivo para se melhorar o ambiente de negócios no país como está ocorrendo agora. Questionado sobre se há possibilidade de o Executivo enviar outra proposta, o deputado Aguinaldo Ribeiro falou que o Parlamento espera, sim, que o Planalto possa enviar uma proposta ou participar do debate. E arrematou: “É legítimo que o governo coloque o que pensa e o Parlamento também. O ideal é que haja convergência”.