O Senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB-PB) apresentou requerimento no Senado Federal solicitando a realização de uma Sessão Especial para celebrar o centenário de nascimento do economista e pensador brasileiro Celso Monteiro Furtado, natural da cidade de Pombal, no sertão paraibano, nascido no dia 26 de julho de 1920.
Veneziano lembrou que, se vivo fosse, Celso Furtado estaria completando 100 anos no próximo dia 26 e, por esta razão, é de suma importância que o Senado Federal dedique uma Sessão Especial para homenageá-lo. “O ilustre economista e pensador paraibano foi responsável por muitas das políticas de cunho econômico arquitetadas no Brasil nas últimas décadas”, destacou parlamentar.
Em sua justificativa, o senador paraibano falou do extenso currículo de Celso Furtado e de sua importância para a Educação e para a Economia do Brasil e solicitou dos colegas a aprovação do seu requerimento, “para que possamos fazer justa e honrosa homenagem a esse ilustre economista e pensador brasileiro e paraibano, que tem um relevante espaço dentro da história política, econômica e social do nosso país e do mundo”.
Quem foi Celso Furtado
Bacharel em Direito pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (1944), Doutor em Economia (1948) pela Universidade de Paris (Sorbonne), Celso Furtado realizou estudos de pós-graduação na Universidade de Cambridge, Inglaterra (1957), sendo Fellow do King`s College.
Em 1946, ganha o prêmio Franklin D. Roosevelt, do Instituto Brasil-Estados Unidos, com o ensaio “Trajetória da democracia na América”. Viaja para a França, inscreve-se no curso de doutoramento em economia da Universidade de Paris-Sorbonne, e no Instituto de Ciências Políticas. De volta ao Brasil, retoma o trabalho no DASP e se junta ao quadro de economistas da Fundação Getúlio Vargas, trabalhando na revista Conjuntura econômica. Casa-se com Lucia Tosi.
Em 1949, instala-se em Santiago do Chile para integrar a recém-criada Comissão Econômica para a América Latina (CEPAL), órgão das Nações Unidas que se transformará na única escola de pensamento econômico surgida no Terceiro Mundo.
Passa o ano letivo de 1957-58 no King’s College da Universidade de Cambridge, Inglaterra, a convite do professor Nicholas Kaldor, onde escreve a Formação Econômica do Brasil, que seria seu livro mais difundido, um clássico estudado como condição ‘sine qua non’ nas universidades brasileiras e do mundo para poder compreender a construção histórica, social e econômica do nosso país.
O paraibano também é Doutor Honoris Causa das universidades Técnica de Lisboa, Estadual de Campinas-UNICAMP, Federal de Brasília, Federal do Rio Grande do Sul, Federal da Paraíba e da Université Pierre Mendès-France, de Grenoble, França. Em agosto de 1997 é eleito para a cadeira nº 11 da Academia Brasileira de Letras. Empossado em 31 de outubro, é saudado pelo Acadêmico Eduardo Portella.