Nonato Guedes
A Paraíba figura entre os Estados da Federação que tiveram o melhor desempenho frente ao combate do novo coronavírus (Covid-19). De acordo com o levantamento realizado pelo Centro de Liderança Pública, divulgado esta semana, o Estado está entre os cinco mais satisfatórios no ranking, ficando à frente da Bahia, Pernambuco, Minas Gerais, Rio e São Paulo. A avaliação leva em conta um conjunto de ações que engloba, entre outras coisas, a transparência, a taxa de mortalidade pela doença e a proporção de casos por habitantes.
O Plano de Contingência para o Combate à Covid-19 foi iniciado na Paraíba no mês de fevereiro deste ano. Desde então, o Estado soma mais de 200 dias de trabalho ininterrupto, investimento em ampliação de leitos, prevenção da doença e Equipamentos de Proteção Individual-EPIs. De acordo com o secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, a pesquisa ratifica que os resultados do governo do Estado geram resultados positivos na luta contra o vírus. Ele enfatiza: “Temos em vigência um plano de contenção robusto e executado com antecedência, que mesmo durante os períodos mais críticos da pandemia no país permitiu que a Paraíba não atravessasse o temido colapso das UTIs. Investimos na contratação de profissionais, em testagem da população e em medidas de prevenção, tanto nas unidades de saúde quanto em ações educativas para a população”.
A nova edição do levantamento traz ainda um alerta geral: pela primeira vez, desde o início do ranking, no começo de abril, a taxa de mortalidade média do Brasil avançou ante a divulgação anterior, de 2,99% para 3,59%. No caso da Paraíba, a chamada média móvel sofreu um decréscimo. A Secretaria de Estado da Saúde informou que o número de casos de óbitos nas últimas 24h e de pessoas com início de sintomas da Covid diminuiu em 33% desses números, no período de 14 dias. O levantamento foi criado pelo Centro de Liderança Pública, uma instituição suprapartidária e publicado com exclusividade pelo site Broadcast. O ranking tem o propósito de mitigar as perdas de competitividade dos Estados perante a doença, a partir de uma análise comparativa entre eles. Quanto maior for a nota final, pior é o desempenho dos Estados no enfrentamento da pandemia do novo coronavírus.