Nonato Guedes
A pré-candidata do Partido Verde (PV) à prefeitura de João Pessoa, Edilma Freire, ex-secretária de Educação do município, preconizou que chegou a hora da Capital ganhar uma gestão com força e sensibilidade feminina, “comandada por uma mulher que tem experiência em administração pública e já mostrou os resultados para a cidade seguir avançando”. A educadora destacou que no pós-pandemia do novo coronavírus, João Pessoa precisará de uma gestão pública ainda mais humana, eficiente e responsável, que trabalhe para continuar cuidando da população e garantindo as políticas públicas de fortalecimento das famílias.
– O modelo de gestão do Partido Verde em João Pessoa já demonstrou a força feminina na gestão pública. Nós, mulheres, chefiamos as maiores e mais importantes pastas da gestão do prefeito Luciano Cartaxo, como as secretarias de infraestrutura, Planejamento, Educação, Habitação, Controladoria e, claro, a Secretaria da Mulher. Todos os nossos Distritos Sanitárias e UPAs têm mulheres no comando. Chegou a vez dessa mesma força feminina administrar a cidade, com sensibilidade, coragem e responsabilidade com a máquina política. Tenho certeza que vamos trazer ainda mais avanços e qualidade de vida para a nossa população – argumentou a professora Edilma Freire.
Ela é a candidata “in pectoris” do prefeito Luciano Cartaxo e foi ungida entre outros nomes que estavam sendo cogitado no esquema do alcaide, como os dos ex-secretários Diego Tavares e Socorro Gadelha, bem como Daniella Bandeira. Diego e Socorro Gadelha não reassumiram secretarias na prefeitura e são tidos como prováveis apoiadores da candidatura do ex-prefeito Cícero Lucena, que concorre pelo Partido Progressistas (PP) com o apoio do governador João Azevêdo, do Cidadania. Edilma Freire, que tem participado de reuniões informais com habitantes de bairros e logradouros de João Pessoa, discutindo problemas e propostas de soluções, também defendeu a ampliação de programas e ações que têm garantido mais segurança e independência econômica às mulheres.
A pré-candidata do Partido Verde foi enfática: “Queremos fortalecer ainda mais a nossa política de microcrédito, com o Banco Cidadão. Já foram mais de R$ 54 milhões investidos neste programa, que beneficia em sua maioria as mulheres empreendedoras da cidade. Também queremos seguir ampliando nossa rede de creches e escolas, para que as mães possam continuar contando com a gestão municipal para cuidar dos seus filhos enquanto buscam o mercado de trabalho. Além disso, queremos seguir investindo nas políticas de combate ao machismo e fortalecer o atendimento às vítimas de violência doméstica, criando, assim, uma cidade mais segura, justa e igualitária para todas”.
A corrida pela prefeitura de João Pessoa, desde que foram restauradas as eleições diretas nas Capitais em 1985, já registrou participação de candidaturas femininas, algumas competitivas, como a da ex-deputada Lúcia Braga, que perdeu para Cícero Lucena, da ex-vereadora e ex-deputada Nadja Palitot, da professora Lourdes Sarmento (recordista de candidaturas pelo PCO) e conta, este ano, com a volta ao páreo de Rama Dantas. Duas outras candidatas, lançadas diretamente pelo ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), que confiava plenamente no seu prestígio político, foram derrotadas em 2012 e 2016 – as atuais deputadas estaduais Estelizabel Bezerra e Cida Ramos. Uma hipotética vitória de Edilma Freire à prefeitura de João Pessoa representaria, sem dúvida, a quebra de um tabu no processo eleitoral na Capital paraibana. Ela não tem militância política no currículo, mas é exaltada por Cartaxo e seus adeptos pela atuação em termos administrativos, na secretaria da Educação.