O presidente Jair Bolsonaro chorou durante homenagem póstuma ao músico paraibano Pinto do Acordeon, que compôs o jingle de campanha do chefe do Executivo. O artista morreu em julho, aos 72 anos, vítima de um câncer.
No momento em que foi tocada o vídeo com a música de quando era candidato, Bolsonaro se emocionou e, em seguida, discursou. O presidente falou sobre a trajetória à presidência e afirmou que o cargo “não é para qualquer um”: “Não queiram a minha cadeira”, emendou falando sobre as dificuldades.
“Aconteceu, vencemos as eleições. No meu entender não existe outra explicação: é a mão de Deus. E só Deus sabe o que eu já passei e passo dentro dessa sala aqui. Não queira a minha cadeira. Com todo respeito, não sou o super-homem, mas não é para qualquer um. Tem que estar muito bem preparado psicologicamente, ter couro duro e ver como alguns zombam da nossa nação. Se tivesse uma filmadora, um microfone ali dentro dariam várias horas de um capítulo que eu acho que mudaria o destino da nossa nação. Mas a gente vai fazendo a nossa parte”, relatou.
Por fim, Bolsonaro disse que deseja deixar um legado que valha a pena. “Tenho plena consciência da responsabilidade e daquilo que eu tenho que sacrificar, porque eu quero, assim como o Pinto do Acordeon, assim como Percy Geraldo Bolsonaro [pai], para sua família, ser lembrado e ter deixado uma história onde se possa ver que valeu a pena”.