Nonato Guedes
O presidente Jair Bolsonaro (sem partido) cumpre agenda na Paraíba amanhã, 17, participando da inauguração da Usina Fotovoltaica de Coremas, além da divulgação do Programa de Eficiência Energética no Complexo solar da zona rural daquele município. De acordo com um comunicado oficial emitido pela Secretaria de Imprensa do Palácio do Planalto, o presidente deve chegar ao evento ao meio dia, participando da inauguração da Usina e, em seguida, da cerimônia relativa ao Programa de Eficiência Energética. Será a segunda visita oficial de Bolsonaro à Paraíba na condição de presidente da República.
Ele esteve no Estado pela primeira vez, já presidente, em 2019, quando participou do Complexo Habitacional Aluízio Campos, em Campina Grande. Na ocasião, afirmou que o Nordeste “mora no coração do Brasil” e assegurou prioridade, por parte do seu governo, a projetos de interesse da região, bem como a reivindicações para solução de problemas. Não está agendado qualquer compromisso político no Estado. O presidente havia declarado, recentemente, que não teria condições de participar da campanha eleitoral para prefeitos este ano, devido aos compromissos como mandatário e para não desagradar aliados que apoiam seu governo mas que se enfrentarão nas urnas em diferentes localidades do país.
Na Paraíba, o deputado estadual Walber Virgolino, do Patriota, pré-candidato a prefeito de João Pessoa, revela ser o candidato mais identificado com o presidente Bolsonaro, compartilhando, inclusive, suas ideias no campo da direita. Ele admitiu, porém, que não há confirmação de engajamento do presidente na sua campanha, mesmo que de forma indireta, embora tenha a expectativa de vir a contar com alguma declaração de apoio em mensagem gravada. Outros candidatos a prefeito na capital paraibana também se dizem afinados com o governo federal. Ontem, em Brasília, o presidente disse que desistiu de lançar o programa Renda Brasil, que implicaria numa reformulação do Bolsa Família, remanescente de governos do PT. “No meu governo, até 2022, está proibido falar a palavra Renda Brasil. Vamos continuar com o Bolsa Família. E ponto final”, declarou Bolsonaro.
Ele desmentiu, também, as versões de que o governo planeja revisar cerca de dois milhões de benefícios destinados a idosos e deficientes, o que poderia gerar uma economia de R$ 10 bilhões por ano, conforme estimativa de estudos que estariam sendo feitos por ministérios da área social. “Eu já disse há poucas semanas que jamais vou tirar dinheiro dos pobres para dar para os paupérrimos. Quem vier propor a mim uma medida como essa, eu só posso dar um cartão vermelho para essa pessoa”, comentou o presidente. Para Bolsonaro, quem defende tal proposta “não tem um mínimo de coração” e “um mínimo de entendimento” sobre como vivem os aposentados no Brasil.