O missionário comboniano Padre Carlos Bascaran Collantes, que morreu aos 79 anos na terça-feira, 22, vítima de Covid-19, além de atuar na Paróquia Santo Antônio, em Santa Rita, na Grande João Pessoa, desde 2010, tornou-se famoso, também, por ser jogador de futebol, no Espírito Santo. Ele participou de um campeonato estadual capixaba pela Ferroviária e sua fama levou-o a ser capa da revista Placar e tema de reportagem no programa Fantástico, da Rede Globo de Televisão. A notícia da morte do religioso foi divulgada pela Arquidiocese Metropolitana da Paraíba, comandada pelo arcebispo Dom Manoel Delson.
Padre Carlos Bascaran encontrava-se internado há cerca de 20 dias. Não houve velório em virtude das regras sanitárias estabelecidas em consequência do novo coronavírus e, assim, o sepultamento teve que ser realizado ainda ontem, acompanhado, apenas, por irmãos de congregação. Natural da Espanha, o religioso dedicou cinquenta anos ao sacerdócio. Era pertencente à Congregação dos Missionários Combonianos do Coração de Jesus e chegou à Arquidiocese da Paraíba em março de 2010. Em 1963, com 22 anos, Carlos deixou a Universidade de Química e o futebol para ser missionário, ingressando na Congregação Comboniana. No ano de 1966 foi para Portugal estudar Teologia e, em 1970, aos 30 anos, foi ordenado padre em Porto, Portugal.
No jornal Tribuna Online, do Espírito Santo, o repórter esportivo Oscar Rocha Júnior, que acompanhou algumas partidas de padre Carlos, relatou que ele era muito hábil, forte, e não entra em bolas divididas para perder. Relatou: “Os adversários reclamavam, inclusive, que ele tinha canela dura demais. Era o craque do time e até os evangélicos gritavam o nome dele quando entrava em campo”, brinca Oscar. A Arquidiocese da Paraíba, na nota, informou que “une-se em oração por este irmão que agora encontra-se na Pátria Celeste, para que o Senhor o acolha e lhe dê o descanso eterno”.