Nonato Guedes, com agências
Em live ontem, o presidente Jair Bolsonaro afirmou que pode vir a se manifestar sobre as eleições municipais de 2020. Ele afirmou ter candidato às prefeituras de São Paulo, Santos e Manaus, mas não citou nomes. “Eu assumi esse compromisso de não entrar em eleição municipal. Se bem que a gente pode mudar de ideia também, porque se chegar a um ponto tal e eu achar que posso influenciar as eleições em algumas cidades, eu vou me manifestar”, comentou ele. Nos meios políticos especula-se que em São Paulo o candidato da preferência de Bolsonaro seja Celso Russomano (Republicanos) que apareceu na liderança do páreo nas primeiras pesquisas de intenção de votos.
Bolsonaro questionou se o ministro do Meio Ambiente, Ricardo Salles, que o acompanhava na live, sabe em quem votar em São Paulo e perguntou se ele votaria no candidato indicado. Entre risadas, o ministro respondeu “não sei”. Em Santos (SP), o nome de que Bolsonaro fala é o desembargador Ivo Sartori, do PSD, que esteve no Palácio do Planalto esta semana. Em Manaus, o candidato é o coronel Alfredo Menezes, do Patriota, nome comentado por Bolsonaro com apoiadores em frente ao Palácio da Alvorada também nesta semana. Ao citar processo no Tribunal Superior Eleitoral para cassar a chapa Bolsonaro-Hamilton Mourão por propagar fakenews nas eleições de 2018, o presidente colocou em dúvidas o impulsionamento de mensagens durante a campanha eleitoral.
– Até hoje não recebi informação de ninguém que recebeu impulsionamento – disse Bolsonaro. E acrescentou: “Tenho certeza absoluta de que esse processo será arquivado, até por uma questão de justiça. Não teremos uma votação política, tenho certeza disso, junto ao TSE. A presença de Bolsonaro é aguardada com expectativa em Capitais e cidades do interior do Nordeste, inclusive na Paraíba. Recentemente ele esteve na cidade de Coremas, no sertão paraibano, mas não para atender compromissos políticos e, sim, para participar da inauguração de um empreendimento da iniciativa privada em parceria com o governo federal. Foi na ocasião que o presidente fez declarações polêmicas de grande repercussão sobre o que chamou de condições favoráveis ao meio ambiente no Brasil, o que foi repudiado por entidades ambientalistas de vários países.