Nonato Guedes
O suplente de senador Ney Suassuna (Republicanos), que assume na próxima semana a titularidade do mandato, face a licença requerida pelo senador Veneziano Vital do Rêgo (PSB), manifestou o interesse de atuar articulado com o governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) no encaminhamento de reivindicações de interesse do Estado junto ao governo federal e a outras instituições. Ele salientou que pretende fazer “o melhor pela Paraíba”, assim como ocorreu nas ocasiões em que foi senador eleito. Suassuna já havia dito que se considera “bolsonarista”, por ter votado no presidente eleito em 2018 e por concordar com ideias gerais que ele apresenta à frente do Planalto.
Empresário, Ney Suassuna confessou ter ficado surpreso ao receber telefonema de Veneziano Vital do Rêgo comunicando-lhe que iria requerer licença e que isto ocasionaria a ascensão dele ao mandato titular. Além de agradecer a Veneziano pela oportunidade que lhe concedeu de voltar ao Senado, Ney Suassuna desejou êxito ao parlamentar no roteiro que cumprirá, de acompanhamento e reforço de campanhas eleitorais a prefeito em importantes municípios paraibanos, a partir de Campina Grande. A esposa de Veneziano, a ex-secretária Ana Cláudia, concorre às eleições de prefeita na Rainha da Borborema pelo Podemos, tendo um militar na vice. Mas veneziano recebeu convites de lideranças políticas de várias localidades do Estado para participar das campanhas que se realizarão em formato adaptado às restrições causadas pela prevenção ao coronavírus.
“As prioridades, para mim, no retorno ao Senado, são os interesses da Paraíba”, enfatizou Ney Suassuna, sem confirmar se integrará, efetivamente, a base do presidente da República no Congresso Nacional. Enquanto isso, o senador Diego Tavares (PP), que assumiu com afastamento requerido pela senadora Daniella Ribeiro, também para se dedicar à campanha eleitoral no interior do Estado, e na própria Capital, anunciou que procurará se empenhar em favor das demandas da Paraíba. Diego Tavares garantiu que não tem nenhuma dificuldade em conversar com o prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV), se a pauta estiver relacionada a pleitos de interesse da população da Capital. Diego deixou a secretaria de Desenvolvimento na gestão de Cartaxo, desincompatibilizando-se para uma possível candidatura à sucessão dele, pelo seu esquema, mas se sentiu preterido com a imposição do nome de Edilma Freire. O senador em exercício confirmou que vai se engajar à campanha do ex-prefeito de João Pessoa e ex-senador Cícero Lucena, do PP. Seu pai, Reginaldo Tavares, foi vice de Cícero numa das gestões que ele já empalmou na prefeitura pessoense.