Nonato Guedes
O senador José Maranhão afirmou que o MDB continua firme no apoio incondicional à candidatura do radialista Nilvan Ferreira a prefeito de João Pessoa, observando que ele tem o melhor desempenho nas pesquisas de opinião pública para o pleito do próximo domingo. Asseverou que não há dissidência no partido em torno das eleições municipais e pontuou que o MDB lançou um candidato promissor e competente, “que as pesquisas indicam estar em posição de alta competitividade e que tem larga possibilidade de ser o próximo prefeito de João Pessoa”. Na condição de presidente do diretório regional do partido, o ex-governador acompanha com interesse o cenário de candidaturas próprias e alianças em diversas regiões do Estado.
Destaca a perspectiva de vitória, em Guarabira, do ex-governador Roberto Paulino, que tem o apoio do Cidadania, partido do governador João Azevêdo, e enfrenta Marcos Diogo, do PSDB. “Roberto Paulino tem serviços prestados à Paraíba e em especial ao Brejo e a Guarabira, como vice-governador, governador, deputado federal, estadual e prefeito da cidade. A sua receptividade é indiscutível porque a população se espelha nos benefícios e investimentos que ele já carreou para o município”, enfatizou Maranhão, destacando, ainda, boas possibilidades eleitorais em municípios do Sertão, Cariri e Espinharas/Piancó. Em Campina Grande, o MDB integra a chapa encabeçada pelo deputado Inácio Falcão, do PCdoB, que apareceu em terceiro lugar em pesquisa do Datavox. A ex-candidata a prefeita Tatiana Medeiros é a vice de Inácio Falcão. Em Araruna, terra natal do senador, o MDB tem como candidatos Benjamin Maranhão, ex-deputado federal, e Caio Ludgerio, “nomes que têm as melhores condições de levar adiante nossa tradição de seriedade e força de vontade para trabalhar por melhorias para Araruna e seu povo lutador”.
A nível nacional, caciques e candidatos a prefeito e a vereador pelo MDB reclamam da escassez de dinheiro e criticam a estratégia do presidente do MDB, deputado Baleia Rossi (SP), por não ter liberado verbas do fundo partidário para esta eleição, a fim de fazer caixa para 2022. Procurada pela revista “Veja”, a direção nacional disse que as regras foram acordadas previamente com todos os dirigentes. Um dos focos de insatisfação estaria no Ceará, onde o ex-senador Eunício Oliveira já investiu mais de 200 000 reais do próprio bolso na campanha de aliados. “Os candidatos estão abandonados”, reclamou ele, que promete doar mais dinheiro, do próprio bolso, até o fim do pleito. Na Paraíba, o senador Maranhão evitou comentar as reclamações sobre problemas na distribuição de recursos pelo partido, dando a entender que não há maiores problemas.
De acordo com a reportagem da revista “Veja”, presidentes estaduais creem que o MDB vai eleger novamente um número respeitável de prefeitos e vereadores, mas admitem que o total tende a ser menor do que o da eleição de 2016 e manifestam preocupação com os impactos que essa queda trará para os planos futuros do partido. Há especulações não confirmadas de que o MDB deverá enfrentar derrotas consistentes na Bahia e na Paraíba, onde não elegeu nenhum deputado federal, tendo sua hegemonia ameaçada pelo crescimento que o PSD, liderado pelo ex-prefeito de São Paulo, Gilberto Kassab, poderá registrar no Norte e Nordeste. Pelo menos em João Pessoa o fenômeno não acontece, como lembra José Maranhão, notando que o candidato emedebista Nilvan Ferreira está a muitos corpos de vantagem sobre inúmeros postulantes, inclusive a ex-secretária Edilma Freire, apoiada pelo prefeito Luciano Cartaxo.