O Hospital Napoleão Laureano realizou na última sexta-feira, 20, um mutirão para realização de cirurgias de câncer de próstata. Dez pacientes foram operados pela equipe de urologistas do hospital formada pelos médicos Fábio Martinez, João Dias Dornellas, Rafael Arruda, Porfírio Fernandes e Osório Abath. Um dos pacientes foi submetido também a retirada de um câncer na bexiga, cirurgia realizada pelo médico João Dornellas. O mutirão é uma ação filantrópica do hospital, que realiza as cirurgias fora do teto do SUS no mês em que se chama a atenção para a saúde do homem com a campanha Novembro Azul. O Laureano arca com os custos hospitalares e os médicos e equipe de apoio abrem mão de seus pagamentos.
O urologista Fábio Martinez alerta para a importância da prevenção do câncer de pênis. “O câncer de pênis pode ser evitado com a limpeza local diariamente com água e sabão, tratamento de fimose quando indicado e o uso de preservativo, que evita a infecção pelo vírus HPV”. Ele ressalta que o câncer de próstata é o mais prevalente nos homens acima de 50 anos e representa 2% das neoplasias que acometem o homem. De acordo com o médico na região Norte/Nordeste ocorre mais casos da doença.
O tipo histológico mais frequente é o carcinoma epidermóide, representando 95% dos casos, informa Fábio Martinez. “Clinicamente ele se manifesta por uma lesão de difícil cicatrização e geralmente evolui com infecção e necrose, podendo causar um odor muito fétido. Linfonodos inguinais também são frequentemente palpáveis. O diagnóstico é feito com uma biópsia da lesão. O tratamento vai desde postectomia (retirada do prepúcio) até ressecção parcial ou total peniana”.
O médico explicou ainda que a quimioterapia pode ser empregada em casos avançados da doença ou em casos muito extensos visando a redução da lesão e sua ressecabilidade. Em alguns casos também pode ser necessário a radioterapia.
O câncer de próstata mata anualmente no Brasil mais de 15.500 pessoas. É o segundo tumor que mais mata homens, só perdendo para o câncer de pulmão, informa o urologista Porfírio Fernandes. Ele explica que em alguns estados a estatística é diferente. “Na Paraíba, por exemplo, o câncer de próstata é o que mais mata os homens e temos também uma incidência maior que a média nacional”.