O presidente nacional em exercício da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas (Abracrim), Sheyner Asfóra, considerou uma grande perda para a advocacia criminal a morte do advogado José Alves Cardoso neste domingo (27). “É de lamentar essa triste partida do nosso Cardoso que, em mais de 40 anos de pleno exercício profissional, era só orgulho e alegria quando ele falava do seu ofício de ser advogado, advogado. Era assim que ele se definia: “advogado-advogado” e não aceitava o título de jurista que dizia que jurista era uma pessoa que emprestava dinheiro a juros … esse era o nosso José Cardoso. Cheio de ideias e projetos”, afirmou.
Abaixo a nota da Abracrim:
A advocacia criminal paraibana perde uma referência e um amigo. José Alves Cardoso nos deixa em um dia de domingo que costumeiramente se reserva aos encontros familiares e dos amigos para um bom encontro e uma boa conversa. É de lamentar essa triste partida do nosso Cardoso que, em mais de 40 anos de pleno exercício profissional, era só orgulho e alegria quando ele falava do seu ofício de ser advogado, advogado. Era assim que ele se definia: “advogado-advogado” e não aceitava o título de jurista que dizia que jurista era uma pessoa que emprestava dinheiro a juros … esse era o nosso José Cardoso. Cheio de ideias e projetos. Ultimamente estava engajado no sonho de escrever um livro sobre Revisão Criminal e o de editar um periódico intitulado Jornal do Advogado onde se teria seções de Direito, Cultura, Música, Literatura e outras de interesse da advocacia.
Era um super advogado ao seu modo. Chegava de mansinho no fórum ou na Câmara Criminal. De azul, calça branca, arrastando aquelas inseparáveis sandálias e sempre portando um livro e anotações em suas mãos. Estava pronto para a defesa do seu constituinte e para o bom combate na exigência da correta aplicação da lei. Assim foi e continuará sendo o nosso José Alves Cardoso.
Recordo-me que ele presidiu a Comissão da Justiça Criminal da OAB/PB e, ao término da sua exitosa missão, ele me indicou para lhe suceder na presidência o que, de pronto, foi aceito e fui nomeado pelo então presidente José Mário Porto. Quanta honra, orgulho e privilégio para mim naquela oportunidade. Jamais esquecerei. Foi um pequeno gesto que para mim foi gigante diante da representatividade que ele já tinha na advocacia paraibana.
Sempre lembrarei do amigo Cardoso com muito carinho, admiração e apreço.
Hoje. Domingo. No dia universal do encontro fica a saudade dele e a nossa gratidão por tanto que ele fez na defesa da advocacia criminal paraibana.
Registro sentimentos de pesar aos seus familiares e a toda legião de amigos que ele conquistou ao longo da vida.
Fique na Paz de Deus, amigo Cardoso. Qualquer dia a gente volta a se encontrar!
SHEYNER ASFÓRA
Presidente nacional em exercício da Associação Brasileira dos Advogados Criminalistas – ABRACRIM