O general Hamilton Mourão (PRTB), vice do presidente Jair Bolsonaro (sem partido) recebeu, ontem, o diagnóstico positivo para a Covid-19. Em nota, a assessoria afirmou que o diagnóstico foi confirmado à tarde e que Mourão ficará em isolamento no Palácio do Jaburu. Não foram divulgados detalhes sobre o estado de saúde do general ou se ele apresentou sintomas da doença. Aos 67 anos, ele é considerado parte do grupo de risco para o novo coronavírus. Mourão já havia feito um teste para covid-19 em maio depois que um servidor público com quem teve contato ter sido infectado pelo novo coronavírus. O resultado foi negativo. À época, sua esposa, Paula Mourão, também foi testada e a contraprova não indicou a presença do vírus.
Há um mês, o vice-presidente cancelou uma viagem a Criciúma, em Santa Catarina, citando preocupação com os efeitos da pandemia do coronavírus no município. No início do mês, ele admitiu que o governo poderia ter dado diretrizes mais claras sobre o isolamento e as medidas sanitárias por conta da pandemia de covid-19. “Dentro deste mundo que estamos vivendo, do tribalismo excessivo, houve uma paixonite política em cima disso. Desde os aspectos mais simples: é isolamento total, é vertical, é hidroxicloroquina, não é hidroxicloroquina, é vacina da China, não é vacina da China. Algo totalmente desproporcional, ineficaz e prejudicial às necessidades que o país tinha de como combater a pandemia”, desabafou. Mourão não é o único integrante do governo Bolsonaro infectado pelo novo coronavírus. O próprio presidente contraiu o vírus em julho.
O vírus também afetou outros poderes: o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM), o presidente do Senado, Davi Alcolumbre (DEM) e o presidente do Supremo Tribunal Federal, Luiz Fux, também tiveram covid-19. Enquanto isso, o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, afirmou em entrevista a programa da TV Brasil que todos os Estados receberão a vacina contra a covid-19 simultaneamente. Segundo Pazuello, a vacina será distribuída de maneira igualitária, dentro da proporcionalidade da população de cada unidade federativa. A previsão do Ministério da Saúde é que 24,7 milhões de doses de vacinas estejam disponíveis em janeiro. “O cronograma de distribuição e imunização é um anexo do nosso plano de imunização”, disse Pazuello, ao acrescentar que o cronograma pode sofrer mudanças. Ele comentou que a vacinação em massa deve começar em fevereiro, mas alguns grupos prioritários poderão receber a primeira dose no fim de janeiro. A vacinação da população em geral deve começar cerca de quatro meses após o término da imunização dos grupos prioritários.