O deputado federal Aguinaldo Ribeiro, do Progressistas, criticou, ontem, a antecipação do debate sobre as eleições de 2022, o que vem acontecendo em bastidores de legendas e em declarações feitas através da mídia. “Na minha opinião, a antecipação do discurso sobre o tema acaba prejudicando um pouco o trabalho das gestões, seja estadual e municipal, assim como a atividade parlamentar, já que, mal acaba uma disputa, o debate já começa a se formar em torno de outra”, frisou Ribeiro, ponderando que o desvio de prioridades na discussão provoca a dispersão de energias que poderiam estar concentradas em pautas urgentes de interesse público.
Aguinaldo salientou que “este é um ano de trabalho; temos que demonstrar trabalho e convergir para o trabalho; o resto é consequência”. Numa entrevista à rádio Arapuan FM, em que tratou sobre diversos assuntos, como o auxílio emergencial e recursos destinados através do seu mandato para beneficiar regiões da Paraíba, o parlamentar queixou-se: “O que atrapalha um pouco a gente é o fato de que no Brasil a gente vive permanentemente em eleição. A gente não saiu de eleição, não foi possível conseguir entrar em agenda. Eu acho que temos que focar é no trabalho. É isso que temos que fazer”, prosseguiu. Ao ser indagado sobre a situação do Partido Progressistas no Estado, foi enfático ao defender que a legenda seja representada na disputa da chapa majoritária em 2022. Por uma razão simples, conforme ele: o PP tem se fortalecido significativamente nos últimos anos, e obteve resultado expressivo nas eleições municipais do ano passado.
– O processo de definição de candidaturas, entretanto, não é da pessoa, é uma conjuntura, que pressupõe a ausculta de diferentes forças e grupos políticos representativos do Estado – comentou Aguinaldo Ribeiro. Entre as vitórias importantes alcançadas pelo PP na disputa municipal, o parlamentar mencionou a conquista da prefeitura de João Pessoa, com a vitória do ex-senador Cícero Lucena, no segundo turno, e a ascensão de Lucas Ribeiro a vice-prefeito de Campina Grande na chapa encabeçada por Bruno Cunha Lima (PSD), que venceu as eleições em primeiro turno. Aguinaldo é relator da comissão especial da Câmara que trata da apreciação do projeto de reforma tributária, mas admite que o debate em torno do tema continua se arrastando devido a outras prioridades que prenderam a atenção do Parlamento, a exemplo das medidas para combate ao coronavírus. Houve, também, o engajamento de congressistas nas eleições para prefeito, vice-prefeito e vereador em municípios de todo o país e, atualmente, discute-se a sucessão para a presidência da Câmara Federal e do Senado. “Mas sou otimista e confiante em que o tema da reforma tributária vai avançar em plenário”, enfatizou ele.