Internado por Covid-19 desde o dia 22 de outubro, antes das eleições municipais, o prefeito reeleito de Goiânia, Maguito Vilela (MDB), morreu na madrugada desta quarta-feira, 13, em decorrência de uma infecção pulmonar causada pela doença. A informação foi confirmada pelo secretário de Comunicação da capital, Bruno Rocha Lima. Maguito estava internado no Hospital Albert Einstein, em São Paulo. Em nota, a secretaria de Comunicação informou que a família está providenciando do corpo de São Paulo para Goiás e ele deve ser sepultado em Jataí, sua terra natal.
Em agosto deste ano, duas irmãs de Maguito morreram em decorrência da Covid-19 em um intervalo de menos de dez dias. Elas tinham 82 e 76 anos e moravam em Jataí. Ele deixa quatro filhos: Vanessa, Daniel, Maria Beatriz e Miguel e uma enteada, Anna Liz. Maguito Vilela também foi governador de Goiás. Testou positivo para o coronavírus em 20 de outubro de 2020. Dois dias depois, ele foi internado em um hospital de Goiânia. No dia 27 de outubro, Luiz Alberto Maguito Vilela recebeu diagnóstico de até 75% de inflamação nos pulmões e um alerta para o nível crítico de saturação de oxigênio no sangue. No mesmo dia ele foi transferido para São Paulo.
O ex-governador foi entubado três dias depois, após piora no quadro respiratório. No dia 8 de novembro, ele foi extubado, mas o político ainda precisava de suporte de oxigênio. No entanto, no dia 15, data do primeiro turno da eleição, o emedebista foi entubado pela segunda vez para fazer uma broncoscopia para verificar as causas da piora na inflamação dos pulmões. Já no dia 17, Maguito começou um tratamento respiratório com uma máquina chamada ECMO, que funciona como os pulmões e o coração de forma artificial. Além do procedimento, o político passou por uma hemodiálise para ajudar as funções dos rins.
No dia 24, passou por uma cirurgia de traqueostomia, que consiste um abrir um pequeno buraco na garganta, diretamente na traqueia, para auxiliar na respiração. Em três de dezembro, após testar negativo para Covid-19, Maguito foi transferido para um leito de UTI comum do hospital. Depois de dois dias, a ECMO foi retirada. No dia 9 de dezembro, os médicos começaram a redução intensa dos sedativos. O filho, Daniel Vilela, chegou a dizer que o pai demonstrou plena consciência sobre ser o prefeito eleito de Goiânia. Em 11 de janeiro, o político apresentou um sangramento nos pulmões e passou por cirurgia para controlar o quadro. Após 80 dias internado, teve uma piora no quadro de saúde com infecção nos pulmões provocada por bactérias e fungos.