Nonato Guedes
Em declarações à TV, na manhã de hoje, no “Bom dia, Paraíba”, o secretário de Saúde de João Pessoa, Fábio Rocha, fez um apelo aos políticos para que não furem a fila da vacinação contra a Covid-19, que, conforme cronogramas oficiais, deverá ser deflagrada até a próxima semana na capital do Estado. O secretário revelou ter conhecimento de que alguns políticos e pessoas influentes estão tentando priorizar familiares, incluindo-os na largada do plano nacional de imunização, o que prejudicará pessoas que são definidas como integrantes de grupos de risco e profissionais da Saúde Pública que estão na linha de frente do combate ao coronavírus.
Fábio Rocha informou que a administração do prefeito Cícero Lucena (PP) está ultimando a estrutura que servirá de base para a campanha de vacinação, prevista para o próximo dia 20 (quarta-feira), e ressaltou que ginásios esportivos serão disponibilizados para atendimento às pessoas, com rigorosa obediência a protocolos sanitários recomendados pelas autoridades. Tanto ele quanto o secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, disseram-se confiantes no êxito da estrutura de vacinação contra a Covid na Paraíba. Conforme ficou definido em reunião por videoconferência do ministro Eduardo Pazuello com prefeitos de todas as capitais e principais cidades-polo do Brasil, ficará a cargo dos municípios a logística de armazenamento e aplicação das doses.
O governo do Estado revelou que tem mil salas de vacinação prontas para dar início ao Plano, centrais regionais de rede de frio e 11 veículos refrigerados para a distribuição nas 12 Gerências Regionais de Saúde que atendem a macro-regiões. De acordo com a versão oficial, o Estado está pronto para iniciar a distribuição da vacina no prazo de até 24 horas depois do recebimento da carga. A Paraíba dispõe da capacidade de armazenar, de uma única vez, 330 mil ampolas de vacina. O Estado possui ainda cerca de 550 mil seringas, sendo 250 mil reservadas para imunização contra a Covid-19. Os municípios paraibanos também dispõem de estoques de materiais e o Ministério da Saúde se comprometeu a enviar 400 mil seringas e agulhas até o início de fevereiro.