O senador Veneziano Vital do Rego (MDB) protestou, com veemência, contra o anúncio feito pelo governo federal, através do Banco do Brasil, sobre o fechamento de 361 unidades do BB e o lançamento de um programa de demissão voluntária com perspectiva de desligamento de pelo menos cinco mil funcionários da instituição. Somente na Paraíba, de acordo com informações prestadas pelo presidente do Sindicato dos Bancários, Lindonjohnson Almeida, pelo menos três agências terão encerradas as suas atividades, sendo duas em João Pessoa e uma em Campina Grande.
– A gestão federal que fecha agência bancária é a mesma que demite trabalhador e aumenta as filas de atendimento para os clientes em plena pandemia. Isto trará enormes prejuízos à população – comentou Veneziano, ao reagir à iniciativa do governo. Nos termos do comunicado oficialmente liberado, das 361 unidades a serem fechadas, sete são escritórios, 112 agências e 242 postos de atendimento. O Banco do Brasil anunciou, também, propósito de transformar 243 agências em postos de atendimento e oito postos de atendimento em escritórios. Também foi anunciada a criação de 28 unidades de negócios, 14 agências especializadas em agro e 14 Escritórios Leve Digital, voltados ao atendimento de clientes com “maturidade digital”.
De acordo com o Banco do Brasil, a revisão e o redimensionamento da estrutura organizacional devem ser feitos no primeiro semestre deste ano. “Já nos chegou a informação de que serão fechadas as agências do Banco do Brasil e do Parque Solon Lucena e a do bairro dos Bancários, em João Pessoa, além de uma em Campina Grande. Para nós, em época de tanto desemprego devido à pandemia, isso é um absurdo. O Banco do Brasil teve lucro líquido de R$ 10 bilhões no ano passado e agora está prejudicando o trabalhador e também os clientes”, protestou Lindonjhonson Almeida. Para o senador Veneziano Vital, além de mais demissões de trabalhadores e aumento nas filas, o fechamento de agências provocará prejuízos na economia e, principalmente, aos pequenos produtores rurais do interior do Brasil. “Esta decisão chega a ser desumana”, verberou. Por fim, advertiu que a desestruturação do Banco do Brasil afetará o financiamento do setor rural. “O banco é estratégico nessa área”, pontuou Veneziano.