A apresentadora Xuxa Meneghel engrossou o coro dos artistas que defendem o impeachment do presidente Jair Bolsonaro. Xuxa comentou o vídeo publicado pelo ator Fábio Porchat em que ele pergunta com quantas mortes se faz um impeachment. Ela disse que, embora nunca tenha gostado do PT, é chamada de comunista e petista por criticar Bolsonaro. Também, por discordar do presidente, ressalta, é chamada pelos “babacas” que o chamam de “mito” de pedófila. Com quase 7 milhões de visualizações no Instagram, o vídeo de Porchat gerou atgé ontem mais de 40 mil comentários, em sua maioria apoiando a cassação do presidente.
Vários artistas se manifestaram em favor das declarações de Porchat como os atores Antonio Calloni, Drica Moraes, Dira Paes, Virgínia Cavendish, Marcos Veras, Rafael Zulu e o cantor Diogo Nogueira. No vídeo, Porchat contesta quem acha exagero chamar Bolsonaro de genocida e cita as posições que o presidente assumiu em relação à pandemia, desde minimizar a doença, recomendar remédio sem qualquer eficácia e fazer campanha contra a vacinação, para justificar sua posição. “A gente está tão acostumada a ouvir ele falar merda, ele só fala merda, que vai descredibilizando um pouco na nossa cabeça e meio que tirando o peso que são as maluquices, a violência, a agressividade dele”, diz o ator. Porchat questiona como a sociedade teria reagido se os ex-presidentes Fernando Henrique Cardoso e Lula da Silva tivessem feito chacota com a Aids ou dengue durante seus governos.
Na última quarta-feira, Bolsonaro foi chamado de mito por apoiadores em uma churrascaria em Brasília ao atacar jornalistas com palavras de baixo calão. Desde que assumiu o governo, o presidente é alvo de mais de 60 pedidos de impeachment na Câmara. Nenhum deles saiu da gaveta do presidente da Casa, Rodrigo Maia, do DEM-RJ, cujo mandato se encerra amanhã. Ao mesmo tempo, artistas como Fábio Porchat, Débora Falabella, Bruno Gagliasso e Patrícia Pilar têm se mobilizado nas redes sociais com a hashtag #Liranao para pressionar deputados a não votarem no deputado Arthur Lira (PP-AL) para a presidência da Câmara. O ato virtual ganhou força na sexta-feira, dia 29, e também conta com a adesão de grupos como Vem Pra Rua e do Movimento Brasil Livre. A candidatura de Lira conta com o apoio do presidente Jair Bolsonaro. O movimento nas redes também faz parte de uma mobilização em favor do impeachment de Belsonaro. Os manifestantes afirmam que caso Lira seja eleito nenhum dos 65 pedidos de impeachment contra o presidente da República avançará. As postagens também lembram que Lira responde a um processo por corrupção e outro por agressão à ex-mulher.