Nonato Guedes
A mídia nacional destaca com a morte do emedebista José Maranhão, a paraibana Nilda Gondim, suplente, passa a reforçar a bancada feminina no Senado, que aumenta para doze o número de integrantes na atual legislatura. Ressalta, também, o fato de que Nilda Gondim passa a atuar em conjunto com seu filho, Veneziano Vital do Rêgo, a exemplo da senadora Kátia Abreu, do PP-TO, também colega de plenário do filho, o senador Irajá Abreu, do PSD daquele Estado. Nilda, que já foi deputada federal, vinha substituindo Maranhão desde o dia oito de janeiro, em razão da licença médica do colega de 87 anos e, agora, herdará o cargo até 2023.
A nova senadora gravou depoimento emocionado, veiculado em redes socias, exaltando a personalidade do senador e ex-governador José Maranhão, que faleceu em São Paulo devido a complicações de Covid-19. Destacou, na sua mensagem, as obras empreendidas por Maranhão à frente do governo da Paraíba, que exerceu em três oportunidades, e as conquistas carreadas para o Estado no decurso da trajetória parlamentar, como deputado federal e senador. O site Congresso em Foco assim menciona Nilda Gondim: “A nova senadora foi deputada federal entre 2011 e 2015 e vem de uma família com forte tradição na política nordestina. Viúva do ex-deputado Vital do Rêgo, também é mãe do ex-senador e atual ministro do Tribunal de Contas da União, “Vitalzinho”, Nilda é filha do ex-governador da Paraíba, Pedro Gondim, e prima do ex-senador Domício Gondim.
Na nota de pesar que distribuiu com a imprensa, Nilda Gondim lamentou a morte de José Maranhão nestes termos: “O senador Maranhão deixa mais que um legado de homem público, de pessoa que se dedicou para melhorar a luta pela qualidade de vida dos paraibanos. Ele deixa exemplos para as gerações futuras, de como amar e se dedicar à sua terra e à sua gente. Um homem forte, que lutou até enquanto pôde pela vida”. Levantamento exclusivo feito pela Revista Congresso em Foco em 2017, ainda na legislatura anterior, revelou que ao menos 59 dos 81 senadores tinham parentesco com outros políticos. Isso representa mais de 73% dos integrantes da Casa. No Nordeste, esse fenômeno era ainda mais forte: 21 dos 27 senadores nordestinos vinham de famílias de políticos.