Nonato Guedes
Um projeto de lei apresentado pelo deputado estadual Jutay Meneses, do Republicanos, na Assembleia Legislativa da Paraíba, denomina de Governador José Targino Maranhão as barragens e todo o canal que liga Acauã a Araçagi, no brejo e agreste do Estado. O parlamentar destacou que o político, que morreu em decorrência da covid-19, foi responsável por obras importantes que garantem segurança hídrica a várias regiões da Paraíba, a exemplo do Plano das Águas. O corpo do ex-governador e ex-senador José Maranhão foi sepultado, ontem, na sua cidade natal, Araruna, com velório aberto à visitação de populares que prestaram as últimas homenagens ao filho ilustre.
Jutay Meneses justificou que as barragens Acauã e Araçagi, bem como o canal que as liga, foram obras marcantes da administração de José Maranhão, entre tantas outras que idealizou e concretizou na Paraíba. “Como Mestre de Obras, tal qual apelidado, nada mais justo do que emprestar seu nome a esta que vem a ser a maior construção da sua história porque mata a sede, enquanto dá água a quem tem sede, e porque mata a fome, quando irriga plantações que matam a fome de quem não tem o que comprar para comer”, ressaltou. O parlamentar lembrou ainda que foram inúmeras as marcas do trabalho deixado pro Maranhão em todo o território paraibano. “Viadutos, pontes, rodovias e tantos outros investimentos deram ao ararunense, que fez da sua vida uma missão para com o seu Estado, o direito de ser chamado de Mestre de Obras”.
José Maranhão assumiu o governo do Estado em três oportunidades: inicialmente em 1995, quando era vice-governador e ascendeu em face da morte de Antônio Mariz, vitimado por câncer; em 1998, quando foi reeleito governador do Estado e em 2009, quando se investiu no Palácio da Redenção por determinação da Justiça Eleitoral, para concluir o mandato de Cássio Cunha lima (PSDB), que havia sido cassado pela Justiça Eleitoral. Além do governo do Estado, exerceu atividades como deputado estadual, deputado federal. Formado em Direito, era empresário e nasceu em Araruna, na região do Agreste, em 6 de setembro de 1933. Deixou a esposa, desembargadora Fátima Bezerra Cavalcanti, três filhos e dois netos.