A Confederação Nacional dos Municípios (CNM) pediu a saída do Ministro da Saúde, general Eduardo Pazuello, por falhas na vacinação contra a covid-19 no Brasil. “Seu comando não acreditou na vacinação como saída para a crise e não realizou o planejamento necessário para a aquisição de vacinas”, afirma nota assinada pelo presidente da Confederação, Glademir Aroldi. Segundo a CNM, prefeitos têm procurado a entidade para reclamar sobre a suspensão da vacinação a partir desta semana, “em consequência da interrupção da reposição das doses e da falta de previsão de novas remessas por parte do ministério”.
Por isso, avalia a CNM, “é urgente e inevitável a troca de comando da Pasta, para o bem dos brasileiros”. Também ontem, a Frente Nacional dos Prefeitos criticou o governo federal por falhas na imunização. A entidade atribuiu a escassez e falta de doses de vacinas em cidades de todo o país a “sucessivos equívocos do governo federal na coordenação do enfrentamento à covid-19”. O Fórum dos Governadores também está pressionando Pazuello devido à falta de vacinas, devendo se reunir com ele logo mais à tarde. O ministro Ricardo Lewandowski, do Supremo Tribunal Federl, autorizou que a Polícia Federal realize diligências no inquérito que investiga suposta omissão de Pazuello na crise sanitária no Amazonas.
Entre os pedidos formulados pela Procuradoria Geral da República e autorizados pelo ministro estão a requisição dos e-mails institucionais trocados entre o Ministério da Saúde e a Secretaria de Saúde do Amazonas, além de depoimentos de representantes da empresa White Martins, responsável pelo fornecimento de cilindros de oxigênio para o Estado. O UOL Notícias mostrou, em janeiro, que o Ministério da Saúde foi informado uma semana antes do oxigênio acabar em Manaus, mas tomou medidas de pouco alcance frente ao tamanho da crise.