Nonato Guedes
Por intermédio de suas redes sociais, o deputado estadual Jutay Meneses, do Republicanos, repudiou o decreto assinado pelo governo do Estado e publicado no Diário Oficial, que mantém bares e restaurantes abertos e fecha igrejas e templos. Para ele, a medida configura, claramente, a adoção de “dois pesos e duas medidas”. Mais ainda: avaliou como arbitrário ao determinar a suspensão apenas das cerimônias religiosas, enquanto demais estabelecimentos, de outras atividades, vão continuar funcionando. Frisou Jutay: “O decreto deixa o comércio, academias, bares e restaurantes abertos, o que é ótimo, mas fecha igrejas. Fica aqui meu repúdio contra essa decisão do governo do Estado e me coloco contrário a essa medida arbitrária que foi tomada”.
O parlamentar argumentou que os demais segmentos terão adaptação para um funcionamento seguro neste momento da pandemia, o que também poderia ter sido estabelecido para as igrejas. “O que verifico é que outras áreas com alto índice de aglomeração não foram tratadas com tamanha severidade. Sinceramente, não entendi quais os critérios que foram adotados”, protestou. Jutay Meneses lembrou que é autor do projeto de lei 2498/2021, que estabelece que as igrejas e os templos religiosos de qualquer culto são atividade essencial em períodos de calamidade pública no Estado da Paraíba. Ele assegurou que se coloca à disposição da comunidade cristã para defender o direito ao culto ou a liberdade religiosa e ressalta que esta liberdade é garantida na Constituição Federal.
– Nesta pandemia do novo coronavírus, as igrejas e templos vêm cumprindo um papel essencial no acolhimento das pessoas, auxiliando no cuidado da saúde mental. A fé é muito importante para ultrapassar momentos de dificuldades e manter as pessoas firmes, sem contar importantes trabalhos de assistência social que são realizados – destacou Jutay Meneses. Ele ressaltou, ainda, que há segmentos sociais inteiramente receptivos ao cumprimento de medidas de contenção de aglomerações, como forma de prevenir a disseminação do coronavírus, mas ressaltou que todos devem ser tratados igualmente, sem discriminação ou privilégios, tendo em vista que a pandemia afetou o conjunto da sociedade.