Nonato Guedes
O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania) comentou, ontem, em vídeo divulgado nas redes sociais, o resultado positivo de mais uma videoconferência entre governadores do Nordeste e o Ministério da Saúde, com a participação do ministro Eduardo Pazuello e toda a sua equipe, para a discussão de vacinas destinadas a combater a Covid-19. De acordo com o gestor paraibano, foi definida exatamente no encontro a aquisição de 37 milhões de doses da vacina Sputnik, para que possa ser feita distribuição de imunizantes para todo o país, dentro do Plano Nacional de Imunização contra o coronavírus, reduzindo os efeitos do agravamento da calamidade sanitária.
De acordo com Azevêdo, a distribuição das vacinas para beneficiar todo o Brasil foi uma decisão tomada no âmbito do Fórum dos Governadores. Frisou que o “Consórcio Nordeste”, formado por gestores de diferentes Estados, dá a sua contribuição para este momento tão difícil. “Nós sabemos que só só a vacina salva e resolve em definitivo a questão, daí a luta incansável. Vamos ter fé, nós vamos vencer essa batalha. O mês de março será um divisor de águas na quantidade de vacinas que os Estados receberão, por isso esse esforço e essa dedicação”. Salientou que ainda para ontem estava programada uma reunião, desta feita com todos os governadores do Brasil, para definir maiores detalhes. “Vamos ter esperança e fé”, conclamou o chefe do executivo paraibano.
No Congresso Nacional, partidos de oposição como PCdoB, PSOL, PSB e Cidadania decidiram se unir para recorrer novamente ao Supremo Tribunal Federal diante da “total ineficiência e demora” do governo federal em adquirir doses das vacinas contra a covid-19 disponíveis no mercado. Em meio ao período mais mortal da pandemia do novo coronavírus, todas as regiões do país registram superlotação nos hospitais públicos e privados, com recordes diários de mortes e de novos casos de covid-19 registrados. Há dois dias o país perde mais de duas mil vidas para a doença a cada 24 horas. Enquanto isso, a vacinação engatinha e menos de 5% da população haviam sido imunizados nos últimos dias no país. A vice-líder do PCdoB na Câmara, deputada Perpétua Almeida (AC) afirmou que o fato de o Brasil ser o atual epicentro da crise sanitária é muito perigoso.
– A gente está vendo que não tem uma saída quando olhamos para a frente. Nós não temos vacina, não temos um presidente que contribui, que ajuda, nós estamos vendo os governadores e os prefeitos cansados, saturados, correndo atrás. Também estamos vendo a classe médica em desespero, saturada, pedindo pelo amor de Deus para as pessoas ficarem em casa – argumentou a parlamentar