Nonato Guedes
O secretário de Saúde do Estado, Geraldo Medeiros, confirmou ter recebido um telefonema do novo ministro da Saúde, o cardiologista paraibano Marcelo Queiroga, e declarou que acredita na união de todos para que sejam contidos os picos de incidência da covid-19 no país. De acordo com o secretário, foi uma conversa rápida e superficial, em que o ministro retribuiu mensagem que Medeiros lhe havia enviado congratulando-se com a sua nomeação para a Pasta pelo presidente Jair Bolsonaro. “Entendo que devemos colocar de lado eventuais divergências e partirmos para uma conjunção de esforços, que sejam focados no enfrentamento à pandemia e na preservação de vidas”, destacou Geraldo Medeiros, informando que um novo carregamento de vacinas contra a Covid-19 chegou a João Pessoa na madrugada de hoje e que a imunização será acelerada dentro do cronograma fixado, contemplando grupos prioritários.
Nas últimas horas, em Brasília, o ministro Marcelo Queiroga, que deve tomar posse oficialmente até amanhã, assumiu a defesa de uma articulação nacional para o combate à pandemia do novo coronavírus e ressaltou que é fundamental, nessa “concertação” o engajamento dos secretários estaduais e dos secretários municipais de Saúde. Além de dialogar com o secretário conterrâneo, o ministro manteve contatos com secretários de Saúde de outros Estados, como São Paulo, Rio de Janeiro e Bahia, e com o governador do Piauí, Wellington Dias, do PT, que é coordenador do Forum de Governadores do Nordeste. Em entrevista à jornalista Mônica Bergamo, da “Folha de S. Paulo”, o ministro anunciado afirmou que não será “na base do cacete, mas, sim, do diálogo, que se conseguirá resolver os problemas ocasionados pela gravidade da pandemia”.
Ele salientou que medidas como o isolamento social e o uso de máscaras fazem parte da estratégia científica para combate ao coronavírus, mas salientou que não é política do Ministério da Saúde a defesa do “fechamento total” das atividades, tendo em vista repercussões econômicas danosas que isto pode provocar para a população. Marcelo Queiroga sugeriu que haja ponderação e equilíbrio na discussão das providências que precisam ser tomadas para debelar a Covid-19 e acrescentou que ainda está em andamento a etapa de transição no âmbito do Ministério, com repasse de informações por parte do general Eduardo Pazuello e sua equipe sobre o que foi realizado até agora e o que precisa ser deflagrado. O novo ministro tem sido bastante requisitado para entrevistas por veículos de imprensa de todo o mundo, atentos ao desdobramento da pandemia no território brasileiro, mas tem reiterado que a política de Saúde é do governo do presidente Jair Bolsonaro, não do ministro da Saúde.