Nonato Guedes
Em cerimônia discreta, no Palácio do Planalto, que não constava da agenda oficial do mandatário, o presidente Jair Bolsonaro deu posse nesta terça-feira ao médico paraibano Marcelo Queiroga como novo ministro da Saúde. A informação foi revelada pelo G1, acrescentando que, não obstante, a nomeação de Queiroga ainda não foi publicada no “Diário Oficial da União”. O cardiologista paraibano, que foi anunciado há cerca de uma semana, substitui o general Eduardo Pazuello no pior momento da pandemia de Covid-19, com recordes sucessivos de mortes e contaminações. O Brasil já soma de 290 mil mortes pela Covid.
Na terça-feira, 16, um dia após a sua indicação, Queiroga afirmou que será preciso “união da Nação” para enfrentar a nova onda da pandemia de Covid-19. Em pronunciamento, o médico cardiologista havia defendido o Sistema Único de Saúde (SUS) e citou a importância das “evidências científicas” em futuras ações da pasta, mas sinalizou que fará uma gestão de continuidade e deixou claro que quem dá as diretrizes sobre a política do ministério é o presidente da República. Num discurso considerado afinado com as preocupações do mandatário, Queiroga se mostrou preocupado com o impacto do novo coronavírus na economia. “É preciso unir esforços do enfrentamento da pandemia com a preservação da atividade econômica”, frisou.
Presidente da Sociedade Brasileira de Cardiologia, Marcelo Queiroga é o quarto ministro da Saúde desde o começo da pandemia de Covid-19 há pouco mais de um ano. O Brasil acumula mais de 278 mil mortes em razão da doença. Antes de Queiroga comandaram a Pasta no governo Bolsonaro o médico e ex-deputado Luiz Henrique Mandetta (DEM-MS), o médico Nelson Teich e o general do Exército Eduardo Pazuello. Marcelo Queiroga é natural de João Pessoa. Formado em Medicina pela Universidade Federal da Paraíba, fez residência em cardiologia no Hospital Adventista Silvestre, no Rio de Janeiro. Tem especialização em cardiologia com área de atuação em hemodinâmica e cardiologia intervencionista.
Em dezembro do ano passado, Marcelo Queiroga foi indicado por Bolsonaro para ser um dos diretores da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). A indicação não chegou a ser votada pelo Senado Federal, onde ele deveria ser sabatinado. No currículo enviado ao Senado, Queiroga revelou ser diretor do Departamento de Hemodinâmica e Cardiologia intervencionista do Hospital Alberto Urquiza Wanderley, e cardiologista do Hospital Metropolitano Dom José Maria Pires, em Santa Rita, na Grande JHoão Pessoa, além de sócio do Cardiocenter – Centro de Diagnóstico e Tratamento das Doenças Cardíacas.