Por Marcos Alfredo
Após Fernando Soares, a imprensa de Campina Grande agora fica de luto com a trágica partida, também por causa da Covid, de Juarez Amaral de Medeiros, 70, nesta quinta-feira, 25. Chegou ao fim a história de vida de um dos profissionais de Imprensa que conheci mais apaixonados pela carreira. Para Juarez, o jornalismo foi sua dose diária de energia e motivação até o último suspiro.
Em conversa com a irmã de Juarez, Eliza Amaral, descubro que essa paixão pelo jornalismo, especialmente o rádio, já era perceptível na infância. Filho do Cariri, o radialista literalmente brincava de ser comunicador ainda guri de calças curtas. Tinha orgulho do diploma da Cásper Libero, de São Paulo, e de ter atuado na Rádio Tupi, no auge da emissora.
Discreto, disciplinado, gostava de rotinas simples e sempre foi um homem apaixonado e preocupado com os irmãos e sobrinhos, para quem, quando teve condições, destinava as melhores atenções e suporte. Suas duas outras paixões: o Treze e o Corinthians.
Mas o paraíso pessoal de Juarez mesmo era ser um comunicador em tempo integral. Não foi por acaso que, por mais de três décadas, manteve no ar o Programa Jornal de Verdade. Nos últimos anos, se viu obrigado a migrar para as plataformas digitais, mas não se permitiu ficar distante do microfone.
A voz, o estilo e o profissionalismo de Juarez Amaral vão fazer muita falta. Mais um ícone que parte deixando saudade e exemplo de amor à vida, à família e à profissão. Que descanse em paz.