Nonato Guedes
O governador da Paraíba, João Azevêdo (Cidadania), ressaltou a importância da atuação do senador Rodrigo Pacheco (DEM-MG), presidente do Senado Federal, como interlocutor junto a governadores sobre reivindicações do seu interesse na atual fase de agravamento da pandemia do novo coronavirus no Brasil, para encaminhamento ao governo federal. “É um papel relevante e o presidente do Senado deverá pautar, nas discussões, a própria redefinição do federalismo no Brasil”, pontuou Azevêdo, acentuando que isto não prejudica a atuação decisiva do ministro da Saúde do governo Bolsonaro, o cardiologista paraibano Marcelo Queiroga, sobretudo na questão logística, de oferecimento de suporte a Estados e municípios para a vacinação em massa e outras políticas de combate ao coronavírus.
Segundo ele, há providências que dependem com urgência do Ministério da Saúde no que diz respeito a insumos, medicamentos e à própria distribuição das vacinas, daí a importância do contato direto com a Pasta. “O ministro Marcelo Queiroga, que é paraibano, deverá fazer nos próximos dias sua primeira visita oficial ao Estado e eu espero ter a oportunidade, em audiência com ele, de pontuar questões essenciais”, explicou. O governador disse que já conversou por telefone com Queiroga, para parabenizá-lo pela sua investidura na Pasta da Saúde. Informou, também, que considera o ministro bem informado sobre graves desafios da Saúde Pública no seu Estado de origem, o que pode facilitar o encaminhamento de reivindicações ao Palácio do Planalto. Conforme Azevêdo, a colaboração e empenho da bancada federal paraibana também são valiosos para carrear investimentos em favor da população paraibana.
O presidente do Senado, Rodrigo Pacheco, que esteve na reunião do “comitê de crise” presidida por Bolsonaro, participou de uma reunião remota com os governadores para debater a extensão da pandemia da Covid-19. Na oportunidade, os mandatários estaduais reafirmaram demandas por leitos de UTI e um plano uniformizado de vacinação contra o coronavírus. Alguns gestores não deixaram de reclamar da demora na articulação do comitê nacional. Foi o caso de Eduardo Leite, do Rio Grande do Sul (PSDB), que tuitou: “Lamento a demora para a constituição desse grupo no nível federal, mais de um ano após o início da pandemia, e a dificuldade de articulação com o presidente da República, o que prejudica a união entre Estados e municípios”. Flávio Dino, governador do Maranhão, filiado ao PCdoB, frisou que na reunião com o presidente do Senado registrou que o decreto 10.659 não criou coordenação nacional, na medida em que exclui Estados e municípios. Ele disse ter proposto um “verdadeiro comitê nacional” por parte do Senado Federal, inclusive com a participação de especialistas da área de saúde.