O deputado federal Ruy Carneiro (PSDB), ex-candidato a prefeito de João Pessoa nas eleições de 2020, manifestou sua indignação, ontem, com a precarização do sistema de ônibus da Capital paraibana e advertiu que o poder público municipal deveria ter planejado medidas efetivas para atender à população com segurança e sem aglomeração diante da perspectiva de suspensão de atividades essenciais e decretação de feriados consecutivos durante esta semana, como parte das medidas para conter o avanço da Covid-19. “No primeiro dos cinco feriados antecipados pelo governo do Estado o que se viu foi a circulação de ônibus lotados, bem como a grande dificuldade dos trabalhadores de serviços essenciais para se deslocar pela cidade”, analisou o deputado.
E acrescentou Ruy Carneiro: “Não adianta fechar tudo e não olhar para os pontos que realmente estão aglomerados. Paradas e ônibus lotados. A população fica exposta aos riscos e é levada a desrespeitar o distanciamento social, já que a prefeitura não deu condições, de imediato, para que essa medida fosse adotada”. Ele igualmente alertou que em virtude da desorganização no planejamento das medidas restritivas “vidas ficaram expostas ao perigo com a contaminação” e lembrou que o Ministério Público da Paraíba está cobrando ações da administração do prefeito Cícero Lucena (PP) para evitar contágio dentro do transporte coletivo, reforçando que a população denuncie os casos ao órgão.
O parlamentar federal lembrou que a aglomeração pode provocar um aumento de infectados e de mortes. “A prefeitura de João Pessoa finge não ver a aglomeração nos ônibus e, quando age, pode estar agindo tardiamente, porque tudo isso pode piorar e muito o número de infectados. Não basta apenas a consciência de cada pessoa. A prefeitura também precisa empreender um trabalho efetivo no sentido de proporcionar condições à população de não se aglomerar. Enquanto não se resolver esse problema dos ônibus o povo fica à mercê do vírus”, pontuou Ruy Carneiro. Com o objetivo de frear os avanços de Covid-19 o governo do Estado anunciou a antecipação de três feriados: Tiradentes, Corpus Christi e da fundação do Estado, além de criar, excepcionalmente, um feriado no dia 29 de março para conter a transmissão do coronavírus. “No entanto, logo no primeiro dia de decreto, alguns veículos de imprensa divulgaram pontos de aglomeração”, queixou-se Ruy Carneiro.