Morreu hoje, no Rio de Janeiro, vítima de Covid-19, o cantor e político Agnaldo Timóteo, aos 84 anos de idade. Agnaldo Timóteo Pereira nasceu em Caratinga, Minas Gerais, no dia 16 de outubro de 1936. Iniciou sua carreira artística em programas de calouro na rádio local. Passou a adolescência em Governador Valadares e Belo Horizonte, período este onde ficou conhecido como “Cauby Peixoto Mineiro”. Já no Rio de Janeiro, continuou se aventurando na carreira artística e chegou a trabalhar como motorista da cantora Ângela Maria. Seu primeiro grande estouro aconteceu no programa Rio Hit Parade, em 1965, que fez despertar o interesse da gravadora EMI-Odeon e consequentemente registrar seus primeiros LPs, como “Surge Um Astro”, disco com versões de sucessos internacionais.
Em 1967, lançou “Obrigado Querida”, que emplacou o hit “Meu Grito”, de Roberto Carlos, onde mostrou a potência de sua voz. Dali em diante, sua carreira musical deslanchou, onde iria gravar mais de 50 álbuns nas décadas seguintes. Tamanha exposição o fez também se arriscar na política. Foi eleito em 1982 como deputado federal pelo Rio de Janeiro, pelo PDT, com 503.455 mil votos. No meio do mandato se desentendeu com Leonel Brizola e transferiu-se para o PDS onde tentou se eleger governador do Rio em 1986, mas acabou derrotado. Depois de disputar a eleição para deputado federal novamente em 1990, assumiu mais um mandato em 1994 e também elegeu-se vereador do Rio em 1996. Posteriormente ainda assumiu mandatos como vereador de São Paulo em 2004 e 2008. Polêmico, Agnaldo Timóteo deu várias declarações controversas na mídia envolvendo política e sexualidade. Ele continuava fazendo shows pelo país. Sua última apresentação agendada seria em Santa Rita de Cássia, a cerca de 160 km de Barreira, que teve que cancelar quando se sentiu mal.