O governador do Piauí, Wellington Dias (PT), que também é coordenador da temática “vacina” no Fórum Nacional dos Governadores, atribuiu o desempenho superior do Nordeste na pandemia à decisão do Consórcio da Região ter seguido diretrizes científicas para lidar com a doença. A afirmação foi feita em entrevista à revista “Fórum”. Dias explicou: “É claro que todo mundo foi pego de surpresa com o coronavírus, mas a organização do Comitê do Nordeste, ao seguir a ciência, teve um melhor desempenho. Se não tivéssemos feito isso, a previsão no Piauí era de 18 mil óbitos em dezembro do ano passado”. O Estado registrou, até então, 4.780 mortes por Covid-19.
Com medidas mais rígidas para conter a doença, o Nordeste registra a menor taxa de mortalidade pela Covid-19 do país. A taxa atualmente está em 49 por 100 mil habitantes, 37% menor do que a média nacional no mesmo período, que chega a 78 por 100 mil habitantes. No Sul, região com o maior índice, o número chega a 109 por 100 mil. O governador do Piauí informou que se reúne nesta terça-feira com o ministro da Saúde, Marcelo Queiroga, para finalizar o contrato entre a pasta e os Estados que compraram a vacina Sputnik V, da Rússia. A ideia é que as 37 milhões de doses sejam incluídas no Plano Nacional de Imunização.
Wellington Dias criticou a demora do governo Bolsonaro nas negociações em torno da vacina. A tratativa chegou a avançar com Eduardo Pazuello, entretanto, com a troca de ministro, o tema não havia sido retomado. “As medidas têm efeito, mas junto com o isolamento individual e coletivo, o que diz o plano é a vacinação. A meta agora para abril era chegar com 25% da população brasileira vacinada, mais ou menos 50 a 53 milhões de pessoas”, comentou o governador do Piauí, citando as diversas mudanças que o cronograma de vacinação do governo federal sofreu ao longo do tempo por conta dos atrasos nas negociações.