Nonato Guedes, com agências
Com a expectativa de ser ouvido na CPI da Covid no Senado, o ministro da Saúde, o cardiologista paraibano Marcelo Queiroga, disse hoje que, caso seja convocado, discutirá “abertamente” suas ações na Pasta e prestará as informações demandadas pelos senadores. “A minha preocupação imediata é com CTI. A CPI é uma atribuição do Parlamento. Se eles me convocarem eu vou lá e vou discutir abertamente o que tenho feito no Ministério da Saúde. Vocês todos estão vendo”, disse o ministro em pronunciamento no Palácio do Planalto. A alusão à CTI foi uma referência à sigla para Centro de Terapia Intensiva.
– Então, vamos contribuir com a sociedade brasileira, vamos prestar as informações que os senhores senadores desejarem e eu acredito que estamos todos juntos no objetivo de enfrentamento à pandemia – acrescentou. Na manhã de hoje, o ministro Marcelo Queiroga participou da reunião do Comitê de Coordenação Nacional para Enfrentamento da Pandemia da Covid-19. Foi o terceiro encontro do grupo desde a sua criação no fim de março. Pela segunda vez seguida, o presidente da Câmara, Arthur Lira (PP-AL), não participou do encontro.
No início do seu pronunciamento, Queiroga destacou que o presidente do Senado, Rodrigo Pacheco (DEM-MG) não participaria da declaração à imprensa porque ainda estava em agenda com o presidente Jair Bolsonaro. Em um revés para o governo, a CPI da Covid foi instalada ontem com o senador Renan Calheiros (MDB-AL) indicado como relator. O parlamentar cogita ouvir o atual ministro da Saúde, bem como os ex-ministros da Pasta – Luiz Henrique Mandetta, Nelson Teich e Eduardo Pazuello. A CPI deve votar seu plano de trabalho em reunião marcada para amanhã, dia 29.