Nonato Guedes
Em entrevista ao vivo, ontem à noite, direto de São Paulo, para o JPB Segunda Edição, transmitido pelas TVs Cabo Branco e Paraíba, afiliadas da Globo, a advogada e maquiadora paraibana Juliette Freire, vencedora do reality show Big Brother Brasil 21, levando o prêmio de um milhão e meio de reais e diversos outros prêmios durante 100 dias de confinamento, admitiu que deseja usar o “poder de fala” que conquistou para combater a xenofobia ou o preconceito contra os nordestinos. “Sempre que for possível, tomarei posição contra esse preconceito injusto”, disse Juliette à apresentadora do JPB, Larissa Pereira, que formulou perguntas encaminhadas por telespectadores de diferentes localidades do Estado.
Juliette destacou-se no Big Brother Brasil, além dos seus talentos, inclusive, como cantora amadora, pela sua simplicidade e empatia junto a públicos de diferentes regiões do Brasil e pela condenação sistemática ao preconceito pela sua condição de paraibana e de nordestina. A postura autêntica e combativa de Juliette no repúdio a manifestações xenófobas ganhou o apoio da maior parte do público e foi fator decisivo para despertar a atenção em torno da sua jornada dentro da “casa mais vigiada do Brasil”, colocando-a como vítima de discriminação. Em contrapartida, do lado de fora, ela recebeu manifestações de apoio e carinho por parte de artistas famosos e de outras celebridades de redes sociais. Pipocaram convites de cantores e cantoras de renome para “duetos” com Juliette em gravações de músicas que ela entoou em momentos de tensão na casa onde se desenrolou o Big Brother Brasil.
Uma das propostas partiu do cantor e compositor paraibano Chico César, ex-secretário de Cultura do Estado e da prefeitura de João Pessoa, cuja música “Deus me proteja”, repetida por Juliette, impulsionou visualizações nas mídias digitais modernas e sensibilizou o artista. Na entrevista às TVs paraibanas, Juliette confessou interesse em gravar a música em parceria com Chico César, por quem demonstrou admiração. Mas ela também reconheceu que precisa aprimorar a aprendizagem do canto, até para testar se realmente tem vocação para a profissão. O que Juliette deixou claro é que está diante de um “mundo novo” após sua vitória espetacular no Big Brother Brasil e a repercussão que sua passagem pela casa produziu em diferentes segmentos da sociedade. Foi realista quando admitiu que precisa assimilar a nova realidade da fama, que hoje a obriga a andar com seguranças e a cumprir uma extensa agenda de compromissos nos grandes centros do Sul e Sudeste, desde entrevistas a programas consagrados na mídia a gravações de comerciais em meio a contratos que começaram a surgir.
Tratada como um fenômeno no Big Brother Brasil, Juliette já tinha fama de influenciadora quando estava dentro do reality e, agora, o reconhecimento só faz crescer. Com 27,4 milhões de seguidores, ela aparece em terceiro lugar do ranking de pessoas com maior engajamento no Instagram no Brasil, segundo a plataforma HypeAuditor. Com uma média de 4.8 milhões de likes e 109.35 de comentários em uma postagem, Juliette aparece na lista de melhores engajamentos com seguidores brasileiros, perdendo apenas para a influenciadora Kylie Jenner e o atleta Cristiano Ronaldo, que assumem o primeiro e o segundo lugar, respectivamente. Apesar disso, aparece na frente de personalidades como o jogador Neymar e as cantoras Beyoncé, Ariana Grande e Billie Eilish. Juliette confirmou que está se adaptando à fama mas não esquece suas origens, embora vá ter que se desdobrar em inúmeros compromissos nos grandes centros do Sul e Sudeste do país. Está ansiosa para retornar à Paraíba e reencontrar familiares e pessoas amigas e salientou que pretende viabilizar apoio a projetos de caráter social, com foco nos mais carentes e nas entidades que cuidam de pessoas doentes. Segundo ela, esse é um projeto antigo que acalenta, e que só fez se reforçar por ocasião da sua passagem consagradora pelo Big Brother Brasil.