Nonato Guedes
O presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito que apura omissões do poder público no combate à covid-19 vai aprovar a convocação de dez governadores e sete prefeitos para acabar com o “falso” discurso dos aliados do presidente Jair Bolsonaro de que a CPI deseja apenas investigar o governo federal, não eventuais desvios de verbas federais por parte de Estados e municípios. A afirmação foi feita pelo senador Omar Aziz (PSD-AM), presidente da CPI, ao blog de Valdo Cruz, do G1. Frisou que a convocação mediante requerimentos já estava na pauta da CPI, mas decidiu-se votá-los amanhã “para acabar com esse falso discurso de aliados do presidente de que a comissão estaria fechando os olhos para corrupção nos Estados, o que é uma mentira”.
É a seguinte a lista de Estados e cidades que terão requerimentos colocados em votação amanhã, com a operação da PF que sofreram: Governo do Amapá (AP) – Vírus Infectio; Governo do Amazonas (AM) – Sangue; Governo do Distrito Federal (DF) – Operação Falso Negativo; Governo do Pará – Para Bellum; Governo do Rio de Janeiro – Placebo; Governo do Rio Grande do Sul – Operação Camilo; Governo de Rondônia – Operação Ductil; Governo de Roraima – Desvid-19; Governo de Santa Catarina – Pleumon e Governo do Tocantins – Personal. As prefeituras são as seguintes – Prefeitura de Aracaju (SE) – Serôdio; Prefeitura de Fortaleza (CE) – Dispnéia; Prefeitura de Macapá (AM) – Fiel da Balança; Prefeitura de Recife (PE – Casa de Papel; Prefeitura de Rio Branco (AC) – Assepsia; Prefeituyra de São Luis (MA) – Cobiça Fatal e Prefeitura de SP (Nudus).
De acordo com o presidente da Comissão Parlamentar de Inquérito, os dez governadores e sete prefeitos foram alvos de operações da Polícia Federal para investigar desvios de recursos federais para o enfrentamento da Covid-19. Em relação à polêmica em relação ao poder de uma CPI convocar governadores, o senador Omar Aziz disse que a comissão vai colocar em votação os requerimentos. E os governadores que não quiserem ir à comissão poderão recorrer ao Judiciário. Ele lembra que CPIs já convocaram governadores no passado.