O prefeito de João Pessoa, Cícero Lucena (PP), afirmou, em rede social, que recebeu com muita tristeza a notícia da morte da médica Micheline Barros de Aquino, diretora administrativa do Hospital Santa Isabel, de João Pessoa, e sua amiga. Salientou que a doutora Micheline vinha empreendendo um excelente trabalho à frente daquela unidade, no enfrentamento à Covid-19, mas, infelizmente, foi mais uma vítima “desse vírus devastador”. O prefeito, que postou uma foto ao lado da diretora do Hospital, finalizou: “Meus mais profundos sentimentos à família, amigos e a toda a equipe do Santa Isabel, que teve a honra de trabalhar com esta grande profissional. Uma grande perda!”.
A diretora do Santa Isabel, Adriana Lobão, informou que Micheline, 46 anos, estava internada em tratamento no próprio hospital desde o dia 16 e que há uma semana fora intubada, mas não resistiu e faleceu na madrugada de hoje. O esposo de Micheline também contraiu a doença e deu entrada no Hospital Santa Isabel, que é referência no tratamento de pacientes com Covid-19 uma semana após a esposa. Este é o segundo diretor do Hospital Santa Isabel que morreu de Covid. Em fevereiro morreu o doutor Fernando Ramalho, que fazia parte do corpo diretivo do estabelecimento.
Enquanto isso, o Conselho Regional de Medicina da Paraíba manifestou, em caráter oficial, que é grave a situação na região de Cajazeiras, no Alto Sertão, em virtude da proliferação de casos da Covid-19. O presidente do Conselho Regional de Medicina, João Modesto, e o diretor de fiscalização Bruno Leandro estiveram reunidos com diretores técnicos das unidades de saúde e diagnosticaram que os serviços estão acima da sua capacidade máxima de internamento, com leitos de enfermaria e UTI lotados.
As informações foram repassadas por diretores do Hospital Universitário Júlio Bandeira, do Hospital Regional de Cajazeiras, do Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) e da Unidade de Pronto Atendimento. Conforme os relatos que foram feitos, macas do Samu estão sendo retidas nos hospitais por não haver mais leitos disponíveis para acomodar pacientes. “Atualmente não há possibilidade de expansão de leitos, seja por falta de espaço físico ou de equipe de profissionais”, asseverou João Modesto, aludindo à dramaticidade da situação.