Nonato Guedes
O presidente estadual do Partido dos Trabalhadores, Jackson Macêdo, confirmou, hoje, em declarações a emissoras de rádio de João Pessoa, que a visita do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Paraíba para contatos políticos e discussão da agenda nacional deverá ocorrer entre final de junho e começo de julho, dentro de uma programação por outros Estados do Nordeste. Antecipou que Lula deverá cumprir uma agenda suprapartidária, dialogando com líderes como o governador João Azevêdo (Cidadania), o ex-governador Ricardo Coutinho (PSB), o deputado federal Aguinaldo Ribeiro (PP), o senador Veneziano Vital do Rêgo (MDB) e o ex-prefeito de João Pessoa, Luciano Cartaxo (PV).
De acordo com as informações de Jackson Macêdo, está sendo ultimada uma reunião de dirigentes do Partido dos Trabalhadores no Nordeste para definição de medidas sanitárias rigorosas de prevenção à Covid-19 por ocasião das visitas de Lula aos Estados da região. A ideia é evitar aglomerações e promover obediência estrita a protocolos de higiene que estão sendo recomendados por autoridades sanitárias, já que o ex-presidente da República tem tomado posições de acordo com a ciência na atual conjuntura, tanto no Brasil como no exterior, nas manifestações a órgãos de comunicação. Nos meios políticos paraibanos, há uma grande expectativa em torno da vinda de Lula, encarada como pontapé para articulações com vistas à campanha de 2022, quando ele disputará novamente a presidência da República.
O senador Veneziano Vital do Rêgo, que assumiu há pouco tempo a presidência do diretório regional do MDB com a morte de José Maranhão, declarou que estará pronto para dialogar com o ex-presidente Lula e referiu-se a afinidades construídas no passado com o líder petista durante embates memoráveis. Veneziano frisou que, mesmo na atualidade, e com as limitações impostas pela pandemia de coronavírus, tem estreitado laços com parlamentares do PT que atuam em Brasília, adotando posições consensuais em matérias polêmicas. Veneziano foi eleito senador em 2018 pelo PSB mas deixou o Partido Socialista por divergências com Ricardo Coutinho e fortaleceu vínculos com o governador João Azevêdo, cuja candidatura ao governo do Estado ele já prometeu apoiar em entrevistas.