Kubitschek Pinheiro
Numa iniciativa dos alunos do curso de Medicina Veterinária do Uniesp e da professora Paula Fernanda Barbosa de Araújo, médica veterinária – DSc e coordenadora do Curso de Medicina Veterinária do Centro Universitário Uniesp, teve inicio a Campanha Contra o Abandono de Animais, que vem crescendo e será uma ação permanente. A manifestação inicial se deu por meio de uma gincana: os estudantes foram divididos em três grupos (primeiro, segundo e terceiro período) com o objetivo de arrecadar a maior quantidade de ração possível. O material arrecadado vai ser destinado para uma ONG.
O movimento, que faz alusão à campanha Abril Laranja, contra os maus tratos aos animais, cresceu tanto que o Uniesp incorporou o projeto da professora Paula Fernanda, que agora trabalham juntos: Instituição e Coordenação.
A professora explicou que houve um aumento no número de animais abandonados, principalmente devido à pandemia. Isso porque, além de muitas famílias ficarem sem condições de manter seus animais, também há casos em que o tutor morre e os membros da família abandonam os animais, que sofrem das más condições das ruas.
Para a reitora professora Erika Marques, a Campanha tem uma significação maior e o Uniesp resolveu abraçar como um todo. “Nós apoiamos e estamos firmes nessa campanha pelos animais. Esse trabalho passa a ser permanente”, disse
A mantenedora professora Graça Holanda Colaço Martins destacou a importância do Uniesp se integrar aos projetos de alunos, professores e coordenadores. “Sim, nós apoiamos e sabemos que essa Campanha tem um significado humano, quando nos preocupamos com a fome e o abandono dos animais, principalmente nesta pandemia”, comentou.
Mais informações para doação: https://instagram.com/missaopetsemfome?igshid=40u8enmq1ypn
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Leia a entrevista da coordenadora Paula Fernanda Barbosa de Araújo que traz maiores informações sobre a Campanha do Uniesp que irá se estender para outras áreas, como a castração dos animais. “Segundo a OMS, só no Brasil existem mais de 30 milhões de animais abandonados, isso é muito preocupante, e a castração pode ajudar muito”, revelou
Sobre os direitos dos animais, a professora adiantou: “inclusive, temos uma lei atual que fala sobre os maus tratos contra os animais, lei Sansão, aumenta a punição a quem praticar maus tratos contra os animais”.
Como surgiu a ideia da campanha?
Paula Fernanda – Devido a pandemia, com as aulas remotas, vim notando que os alunos estavam ficando desmotivados, e que precisava fazer alguma coisa, para motivá-los, então pensei em fazer uma gincana entre os períodos, como abril é considerado o abril laranja, que faz alusão contra os maus tratos aos animais, e que que houve um aumento no número de animais abandonados, principalmente devido à pandemia. Isso porque, além de muitas famílias ficarem sem condições de manter seus bichinhos, também há casos em que o tutor morre e os membros da família abandonam os animais, que sofrem das más condições das ruas. Então, pensei em fazer uma campanha para arrecadação de alimentos e os estudantes foram divididos em três grupos (primeiro, segundo e terceiro período) com o objetivo de arrecadar a maior quantidade de ração possível.
A senhora não teve receio de não dar certo por causa da pandemia?
Nem pensei nisso nessa possibilidade. Os meus alunos são incríveis, se empenharam, criaram instagram, fizeram cada banner a coisa mais linda, vídeos no tiktok, enfim se empenham demais, e isso para mim já foi o suficiente, além deles olharem os animais com empatia.
Quais foram os primeiros resultados da campanha?
Os resultados foram maravilhosos, no fim da campanha conseguimos 843 kg. Faltava muito pouco para chegarmos a uma tonelada, então resolvemos continuar, e mais uma vez os alunos super se empenharam.
O Uniesp abraçou o projeto. Vamos falar sobre isso?
Sim, a UNIESP super abraçou a campanha. Fizemos banner para o instagram, fizeram uma arte linda para a campanha, com totem, botton e camisas. A nossa Reitora, professora Erika Marques (colunista do MaisPB), também abraçou a campanha e o resultado foi esse, um sucesso.
A campanha será permanente? Como o público externo pode participar?
Sim. Será uma campanha permanente, e irá se transformar num projeto permanente do Curso de Medicina Veterinária, onde irá abranger outras áreas e outras atividades, voltada para o público externo, mais sempre pensado em fazer algo para os animais que estão em situação de vulnerabilidade, e para que as pessoas tenham mais empatia pelos animais e reconhecimento de seus direitos.
A senhora falou que a campanha vai crescer, que os próximos passos será a castração de animais de rua?
Isso, como falei acima, a campanha irá se estender para outras áreas, e uma delas é a castração dos animais. Segundo a OMS, só no Brasil existem mais de 30 milhões de animais abandonados, isso é muito preocupante, e a castração pode ajudar muito.
E as questões jurídicas, gente que maltrata os animais, serão temas de palestras?
Sim, isso será uma das etapas do projeto, realizar palestras para a população conhecer os direitos dos animais, e saber que existem leis para proteger nossos animais. Inclusive, temos uma lei atual que fala sobre os maus tratos contra os animais, a lei Sansão, aumenta a punição a quem praticar maus tratos contra os animais.
A senhora nos contou que foi caminhar e viu um cão abandonado. Isso tem acontecido muito nessa pandemia?
Acho que quase todos os dias me deparo com animais abandonados, gostaria muito de poder acolher cada um, mas infelizmente não tenho como, mas um essa semana me chamou atenção, estava com fome e frio, me aproximei dele, um animal muito dócil e carinhoso, então alimentei, e orei para que nada acontecesse com ele, e segui minha caminhada.
Como a senhora analisa o entusiasmo dos novos alunos que serão futuros veterinários?
Meus alunos são maravilhosos, super empenhados, consigo enxergar o entusiasmo deles, e tenho certeza que serão ótimos profissionais, e eu e os outros docentes do cursos estamos sempre motivando eles. Inclusive, quero agradecer de coração a cada aluno meu, que junto comigo abraçaram essa campanha. Tenho muito orgulho deles.