As pessoas não podem escolher que marca de vacina querem tomar. O entendimento é do advogado Marco Villar, presidente da Associação Paraibana de Advocacia Municipalista (Apam), observando que as vacinas disponíveis foram atestadas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e possuem o mesmo objetivo: imunizar contra a covid-19. Segundo ele, o Ministério da Saúde também estabelece que uma pessoa não pode escolher o imunizante que vai tomar. Segundo o Plano Nacional de Imunização (PNI), a vacinação acontece nos postos de saúde com a vacina disponível, não havendo possibilidade de escolha.
Atualmente, a população brasileira – esclarece a Apam – está sendo imunizada com quatro vacinas diferentes contra a covid-19, as quais receberam autorização da Anvisa, sendo elas a CoronaVac, Oxford/AstraZeneca, Pfizer e Janssen. O Instituto Butantan já destacou que comparar a eficácia das vacinas e tentar eleger a melhor entre elas pode levar a conclusões enganosas. Isso porque os imunizantes foram desenvolvidos a partir de técnicas diferentes e testadas em momentos, locais e em populações com nível de exposição ao vírus diferentes. Houve rigor científico em todos os testes e dados que comprovaram a segurança e eficácia.
Marco Villar ressaltou que muitos municípios estão enfrentando problemas devido à tentativa da população de optar pela vacina que quer tomar, e isso vem causando dificuldades no avanço do processo de imunização, que é a meta das autoridades sanitárias, de governo e especialistas em Saúde. Ele defende que a vacinação precisa ter um olhar coletivo e não individual. “As pessoas precisam entender que a vacina não é como um remédio para proteger individualmente, mas, sim, uma estratégia coletiva de saúde pública”, advertiu. O advogado também falou sobre as pessoas que assinaram termo abrindo mão de tomar a vacina contra o coronavírus. Ele explicou que a Constituição Federal assegura o direito ao arrependimento. “Se uma pessoa decidiu abrir mão do imunizante e se arrependeu, ela pode voltar para a fila e ser imunizada”, explicou o advogado.