Nonato Guedes
O deputado federal Pedro Cunha Lima (PSDB-PB) ressaltou, ontem, o papel da Educação para o desenvolvimento científico ao comentar a notícia de que o Brasil ocupa o décimo primeiro lugar no mundo por publicações sobre a covid-19. Das 168,5 mil publicações a respeito do tema em todo o mundo, mais de quatro mil trabalhos são brasileiros. As universidades do Brasil são responsáveis por 2,3% da produção mundial sobre a pandemia de coronavírus, de acordo com um levantamento feito pela Agência USP de Gestão de Informação Acadêmica. O número elevado coloca o País como o décimo primeiro entre as nações que mais divulgaram estudos em torno do coronavírus.
No Dia Nacional da Ciência e do Pesquisador Científico, celebrado ontem, o parlamentar paraibano enfatizou a importância do investimento na Educação para o desenvolvimento nacional. “Esse é o principal papel da Educação: ser um instrumento de transformação da sociedade, sendo utilizado em favor da comunidade, que traga inovação e nos faça avançar em termos de tecnologia e desenvolvimento até mesmo em situações inesperadas, como uma pandemia mundial”, pontuou. De acordo com o levantamento, as publicações sobre covid-19 envolvem as áreas de ciências médicas e da saúde, ciências biológicas e sociologia. Os dados não levam em conta dissertações e teses. Estados Unidos, China e Reino Unido lideram o ranking. Holanda, Suíça e Japão produziram menos material científico que o Brasil.
Defensor da Educação e da pesquisa, o deputado Pedro Cunha Lima destinou em 2019 cerca de R$ 300 milhões em emenda para a Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (Capes), viabilizando o pagamento de 10 mil bolsas de pós-graduação. Em 2021, já encaminhou R$ 1,5 milhão para instituições federais de ensino. Além da produção da vacina nacional, cientistas brasileiros conseguiram identificar variantes do vírus e tiveram outras publicações que influenciaram no enfrentamento à doença no país. Pedro vê os feitos como resultado de investimento e pede mais atenção do governo federal à Educação básica. “Se a aplicação de recursos no nível superior garante um impacto tão grande em nosso país, imagine se isso fosse feito desde o começo. Certamente traria implicação direta nos índices de violência, de desigualdade social e qualidade de vida. Uma pena que não haja esse olhar para a primeira infância”, considerou.